Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Justiça no futebol é gol! Flamengo e Corinthians premiados pela competência

Rubro-Negro não foi bem, mas foi letal para superar o São Paulo. O Timão poderia ter sido goleado, porém, teve sangue frio para buscar o empate fora de casa contra o Fluminense

Gabigol e Roger Guedes deixaram suas marcas nas semifinais da Copa do Brasil
Gabigol e Roger Guedes deixaram suas marcas nas semifinais da Copa do Brasil. Crédito: Marcelo Cortes/Flamengo e Thiago Ribeiro/AGIF

futebol tem em sua filosofia diversas frases marcantes. Uma delas é: “O vencedor comemora, o perdedor justifica”. É isso. Em meio às diversas nuances capazes de conduzir um time à vitória ou à derrota, algumas são de certa forma cruéis, mas não há justificativa para reduzir o mérito de uma equipe que foi competente o suficiente para alcançar um resultado positivo, sendo que para isso seus jogadores conseguiram marcar gols, o que é o objetivo do esporte.

A noite desta quarta-feira (24), que marcou o início das semifinais da Copa do Brasil, trouxe também uma aula da memória sobre o que é o futebol. Um esporte em que a justiça atende por gol e premia quem é competente para isso. Foi assim que o Corinthians, que poderia ter sido goleado, arrancou o empate do Fluminense no Maracanã, e que o Flamengo venceu o São Paulo no Morumbi por 3 a 1, Morumbi, e colocou o pé na final da competição. 

SÃO PAULO INEFICIENTE E FLAMENGO CIRÚRGICO

 Quando a bola rolou no Morumbi, o Flamengo chegou rapidamente a 84% de posse de bola e abriu o placar com João Gomes logo aos 11 minutos, a impressão é que viria um massacre na partida. Mas não foi o que aconteceu. O São Paulo se reorganizou, criou chances e foi em muitos momentos superior ao Rubro-Negro. Entretanto, o time de Rogério Ceni amargou uma indigesta derrota por 3 a 1.

O que o placar do jogo reflete? Que foi um resultado injusto? Que o São Paulo merecia melhor sorte? Que nem sempre o melhor ganha? Não! O resultado, até de forma elástica, apenas expressa que um time foi mais eficiente do que o outro no que é o futebol. O mérito é do vencedor. O Flamengo, mesmo pressionado, contou com grande atuação do goleiro Santos, soube se defender bem e foi letal na hora de aproveitar suas oportunidades.

O poderio ofensivo e a qualidade técnica do elenco comandado por Dorival Júnior falaram mais alto que a organização tática e determinação do São Paulo de Rogério Ceni, que por sua vez não tem nada do que se envergonhar em ser derrotado por um rival que foi mais competente. Alegria de quem pode contar com Cebolinha, Gabigol, Pedro, Arrascaeta, Vidal, Éverton Ribeiro e cia. Lamentação de quem não tem qualidade técnica semelhante em seu elenco. No fim, Flamengo praticamente na grande final da Copa do Brasil.

CORINTHIANS LUTADOR E FLUMINENSE CASTIGADO

 No outro jogo da noite, o placar mostra que nem houve um vencedor. Mas o semblante dos jogadores ao final da partida dizia o oposto. Do lado do Fluminense, decepção e o sentimento de quem poderia ter deixado o campo em melhor situação. Já nos rostos dos jogadores do Corinthians, o sorriso fácil e o brilho no olho daqueles que escaparam de uma enrascada e vão cheio de moral para o jogo de volta em seus domínios.

Em um primeiro tempo equilibrado, o Fluminense abriu o placar logo aos três minutos de jogo com Ganso em cobrança de pênalti. Não demorou muto e o Timão empatou com Renato Augusto que bateu firme na saída de Fábio após belo passe do superestimado Yuri Alberto.

Dali em diante o que se viu foi o domínio tricolor no jogo. O segundo tempo então foi um amasso. Logo no início Arias acertou lindo chute para fazer 2 a 1 e indicar um atropelamento que viria. Mas não veio. A posse de bola, a superioridade, as boas finalizações de Cano que pararam nas excelentes defesa do goleiro Cássio. Tudo isso será lembrado pelos tricolores, que quase venceram.

O estilo futebol total de Fernando Diniz cobra caro fisicamente. Na reta final o Fluminense cansou, e o treinador se viu obrigado a tirar seus jogadores que prendiam a bola na frente: Ganso, Arias, Matheus Martins saíram e a reposição não manteve o nível. E foi aí que o Timão aproveitou seu último respiro e a falha da saída de bola tricolor para empatar com Roger Guedes. Silêncio no Maracanã! O Corinthians que mal viu a cor da bola, empatou o jogo. Deixou o campo sem a vitória, mas muito satisfeito com o que conseguiu. Como diria Muricy Ramalho: “A bola pune”. O Fluminense foi duramente castigado.

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