A última semana provou em números o risco de manter competições esportivas em meio à pandemia de Covid-19. Só nos primeiros cinco dias após o início das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, quase 50 jogadores testaram positivo para o novo coronavírus. Enquanto jogadores, comissões técnicas e dirigentes estiverem em trânsito por aeroportos, hotéis pelo país, eles estarão mais expostos ao vírus.
Pressionada pelos clubes e ciente que os protocolos previamente definidos não foram eficazes, a CBF “trocou os pneus com o carro andando” e já revisou algumas medidas, principalmente com relação a testagem dos atletas. Entretanto, cumprir as medidas de isolamento fora do ambiente de jogo é o grande desafio. Por isso, algumas competições adotaram o sistema de bolha para reduzir o risco de contágio de Covid-19. Exemplos que vêm do exterior.
Retomada no dia 07 de agosto, a Liga dos Campeões da Europa vai sediar toda a sua reta final em Lisboa, Portugal. Os oito times que se garantiram nas quartas de final ao chegar à cidade foram obrigados a cumprirem uma série de determinações. A Uefa decidiu separar os clubes por hotéis. Cada equipe ficará instalada em um hotel diferente, que serão de uso exclusivo dos clubes. Elenco e colaboradores terão que manter o isolamento. Só estão liberados para se deslocarem entre o hotel, o campo de treino e para o estádio, apenas nos horários pré-estabelecidos.
Antes de embarcarem para Lisboa, os clubes realizaram exames PCR para verificar a presença da Covid-19. E antes de cada jogo passam novamente pelo teste. É claro que todas essas medidas preventivas não vão reduzir a zero as contaminações, porém a tendência é que os números recuem. Só o fato de evitar o trânsito das delegações e garantir o confinamento já influencia bastante.
BOLHA DA NBA
Já a principal liga de basquete do mundo resolveu ousar. Para retomar a temporada 2019/2020, a NBA hospedou as 18 equipes que restam na competição em três hotéis do resort da Disney, em Orlando. Todos os jogos vão acontecer dentro do complexo até o mês de outubro.
As delegações não podem sair desta bolha. As disputas acontecem em três arenas, que podem receber até seis partidas por dia. Outros sete ginásios estão disposição para os treinamentos, que devem ser agendados. Jogadores que deixarem a bolhas (por algum motivo pessoal) vão ter que passar por uma quarentena de até 15 dias quando retornarem.
Nas situações extra-jogos, o uso de máscara é obrigatório e a distância mínima nos ambientes é de 1,80m. Jogadores têm a opção de usar um “anel inteligente” que aponta probabilidade de se contrair a doença. E claro, fazem testes periodicamente. O sonho de consumo para muitas competições no mundo.
No dia 12 de agosto, a organização liberou o último resultado dos testes. Foram realizados exames em 342 jogadores que estão na bolha da NBA e nenhum atleta teve resultado positivo para coronavírus.
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