Principal competição disputada entre equipes, para muitos, mais importante até mesmo que o Mundial de clubes, a Liga dos Campeões reúne times com poder financeiro de impacto no mercado, os melhores jogadores e os mais renomados técnicos. A competição, que terá sua final disputada por Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, representa o que há de melhor no futebol. E em alguns momentos parece até mesmo se tratar de outro esporte.
O retorno da Liga dos Campeões quase na mesma data que começou o Campeonato Brasileiro escancarou a diferença do futebol apresentado na Europa para o que é jogado por aqui. A distância, - que nos pareceu menor no fim do ano passado quando o Flamengo jogou de igual para igual contra o Liverpool, na final do Mundial - ainda é muito grande. Cada dia que foi possível assistir um jogo da Champions à tarde e alguns do Brasileirão a noite, isso ficou muito visível.
Pelo investimento nos artistas do espetáculo é totalmente justificável que o nível de jogo apresentado na Liga dos Campeões seja mesmo o melhor. Mas a diferença não deveria ser tão gritante. Até mesmo times de menor expressão no cenário europeu mostram estilo de jogo e organizações táticas interessantes. Tanto é que Lyon (7º colocado no Campeonato Francês) e RB Leipzig (3º lugar no Campeonato Alemão) chegaram à semifinal da Champions.
Por outro lado, os principais times brasileiros seguem patinando nesta temporada. O Flamengo está irreconhecível no Campeonato Brasileiro, com atuações abaixo da crítica para o elenco que possui. A saída de Jorge Jesus é um agravante, mas mesmo antes disso, no Campeonato Carioca, a equipe já não apresentava o futebol envolvente de 2019.
Recheado de bons jogadores, o Palmeiras até conquistou o Paulistão, mas com desempenho sofrível. Vanderlei Luxemburgo não consegue fazer o time atuar bem. No Campeonato Brasileiro as atuações ruins se repetem. Internacional, Grêmio, Atlético-MG e Athletico-PR, todos muito competitivos, não engrenam boas sequências e sofrem com a irregularidade.
Mais do que obter resultados é preciso mudar a mentalidade e ampliar os horizontes com relação ao futebol. O Brasil tem uma história única no esporte e ainda é grande exportador de jogadores para a Europa. Tem potencial para reduzir essa discrepância para o futebol europeu, mas é preciso se atualizar., e isso vale para jogadores, técnicos e dirigentes.
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