Apos 1.602 dias daquele 6 de julho de 2018, quando perdeu para a Bélgica por 2 a 1, na Arena Kazan, na Rússia, a Seleção Brasileira está de volta à Copa do Mundo. Às 16h desta quinta-feira (24), o Brasil encara a Sérvi, no Lusail Stadium. Em campo, o nervosismo da estreia, a pressão pelo jejum de 20 anos sem levantar a taça da competição, mas também o futebol alegre e envolvente que faz a equipe comandada pelo técnico Tite ser considerada favorita ao título do Mundial por toda a imprensa internacional aqui no Catar.
A confiança não está restrita à mídia especializada, a torcida sabe que o Brasil chega nesta edição da Copa melhor preparado que em 2018. Tite também acredita que seu time entra na competição para brigar pela taça. Jogadores e ídolos do futebol brasileiro, assim como Zico, também acreditam no hexa. Há muito tempo o cenário não se mostra tão favorável ao Brasil.
Entretanto, toda essa euforia precisa permanecer fora de campo. Ao que tudo indica, comissão técnica e jogadores da Seleção entenderam isso. As surpreendentes derrotas de Argentina e Alemanha para Arábia Saudita e Japão, respectivamente, mostram que "não há mais bobo no futebol". Qualquer vacilo pode ser fatal.
"Não há grandeza, nem facilidade maior ou menor. Talvez este seja o grande aspecto. Não tem marca, não tem grife. Tem orgulho de cada país em fazer seu melhor e enfrentar", afirmou Tite sobre a derrota da Argentina para a Arábia Saudita, deixando claro que quer seu elenco com os pés no chão.
Para vencer a Sérvia, Tite pode surpreendentemente deixar de lado seu conservadorismo e apostar em uma formação com quatro atacantes: Neymar, vindo de trás, Raphinha na esquerda, Vini Jr na direita e Richarlison de centroavante. A estratégia é apostar nos recursos que esses quatro jogadores possuem para quebrar as linhas adversárias: velocidade, drible e poder de finalização.
A Sérvia está longe de ser uma carne assada. É um time muito bem treinado pelo técnico Dragan Stojković, forte nas bolas aéreas, e consequentemente perigoso na bola parada, tem uma defesa firme e bons jogadores no ataque: Mitrovic, Vlavohic e Jovic. E vem de uma escola iugoslava com tradição de montar bons times. Portanto, não vai ser fácil para o Brasil.
Mas Copa do Mundo não tem mesmo que ser fácil, uma vez que acreditamos que apenas as melhores seleções estão na disputa. E o Brasil tem potencial para fazer um bom jogo e sair de campo com os três pontos. É controlar o nervosismo, colocar a bola no chão e jogar o que sabe. O caminho para o hexa começa hoje.
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