Entidade máxima do futebol mundial, a Fifa anunciou nesta sexta-feira (11) que Robert Lewandowski, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi são os três finalistas do Prêmio The Best na categoria de melhor jogador do mundo, referente a temporada 2019/2020. Quem acompanha futebol sabe que só uma catástrofe vai tirar esse troféu do atacante do Bayern de Munique. Surpresa mesmo é o fato de CR7 e Messi, em fase sem tanto brilho, estarem nesta disputa.
Lewa é o favorito para ouvir seu nome ser anunciado no topo do pódio, em cerimônia virtual que acontece no dia 17 de dezembro, simplesmente porque foi campeão e artilheiro de todos os torneios que disputou com a camisa do time bávaro entre dia 8 de julho de 2019 e 7 de outubro de 2020, período que a Fifa separou para os jogadores serem avaliados. O polonês conquistou o Campeonato Alemão, a Copa da Alemanha e a Liga dos Campeões.Em 58 jogos, o centroavante balançou as redes 64 vezes. Um absurdo.
Aos 32 anos, Lewandowski não tem um futebol plástico e encantador, mas é muito técnico e competente. O suficiente para ser o protagonista de sua equipe na conquista de títulos importantes. O prêmio de melhor do mundo, recompensa justamente isso. Na leitura da Fifa, a eficiência é os títulos são fundamentais. Nisto, o desempenho de Lewa na temporada é incontestável.
No que se refere a Cristiano Ronaldo e Messi, a presença nessa lista é algo um tanto injusto. Monstros dos últimos anos do esporte e que dominam a premiação desde 2008 (6 do argentino e 5 do português), à exceção de 2018, quando Luka Modric faturou o prêmio, a temporada dos dois passou de ser longe das melhores.
Messi não conquistou nenhum título e ainda foi humilhado com o Barcelona diante do Bayern de Munique na Liga dos Campeões após um acachapante 8 a 2. A favor do argentino apenas a artilharia do Campeonato Espanhol. Já CR7 foi campeão italiano com a Juventus e marcou 53 gols na temporada. Feitos consideráveis, mas insuficientes para estar em posição de destaque desta vez.
No meu ponto de vista, Neymar e De Bruyne mereciam completar a lista ao lado de Lewa. O atacante brasileiro, ainda que lesionado parte da temporada, foi fundamental para o Paris Saint-Germain conquistar o Campeonato Francês, a Copa da França (competição em que marcou o gol do título na final) e ainda carregou sua equipe à final da Liga dos Campeões. De Bruyne foi campeão com o Manchester City apenas da Copa da Liga Inglesa na temporada 2019/2020, mas foi eleito o melhor jogador da Premier League mesmo não estando no time campeão (Liverpool). Marcou 20 gols e deu 32 assistências. Foi o maestro da equipe de Pep Guardiola. Merecia mais sorte.
Mas é isso. Geralmente listas não são unanimidades. Talvez a única constatação possível seja que o reinado dos brilhantes Messi e Cristiano Ronaldo está chegando ao fim. O argentino, 33 anos, e o português, 35, já sentem o peso da idade. Uma pena. Quem viu o auge jamais se esquecerá.
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