Em dois jogos sofríveis pela Quarta Fase da Copa do Brasil, o Botafogo foi mais competente que o Vasco, garantiu uma vaga nas oitavas de final da competição e de quebra, mais R$ 2,6 milhões para os cofres do clube. No empate em 0 a 0 em São Januário, na noite desta quarta-feira (23), o Glorioso não foi brilhante, mas organizado o bastante para deixar o Gigante da Colina inofensivo.
Graças a vitória de 1 a 0 no jogo de ida, o Botafogo entrou em campo na partida de volta com o regulamento debaixo do braço. Jogou para empatar e alcançou seu objetivo: justo. O time comandado pelo técnico Paulo Autuori ofereceu a bola para o Vasco, que mesmo com 64% de posse foi incapaz de ameaçar o gol alvinegro. Apenas dois chutes na direção do gol, e ambos de fora da área a uma distância bem considerável.
De todas as finalizações do Botafogo no jogo, nenhuma foi na direção do gol defendido por Fernando Miguel. Mas se o ataque não foi às redes, a defesa foi eficaz. Foram 27 desarmes e 24 cortes da zaga. Autuori sabe que com o elenco que tem em mãos, não vai conseguir jogar bonito nunca. Mas também tem ciência do que pode extrair de cada jogador. Estratégia na conta para superar o time cruz-maltino.
FIM DO ENCANTO?
Do outro lado do gramado estava um Vasco que já deixa claro seus limites. O time “Ramonizado”, que chegou a liderar o Campeonato Brasileiro é bem armado por seu treinador, mas também recheado de limitações técnicas. Algo que ficou escancarado neste duelo contra o Botafogo.
O Gigante da Colina tem poucas referências, o que o torna previsível na construção de suas jogadas. Andrey busca a bola no campo de defesa para iniciar a transição, Benítez é o cérebro do time e Cano o definidor. O Botafogo ao acertar a marcação sobre esses jogadores, os demais dificilmente conseguem produzir algo interessante. Os atacantes de lado de campo sofrem com a falta de aproximação e com o péssimo momento dos laterais vascaínos. Com isso, sobra a opção de ir para o mano a mano, que nem sempre dá certo.
O Vasco não vence há três jogos (dois na Copa do Brasil e um no Brasileirão). É visível a necessidade de reforços, mas enquanto isso não é viabilizado, Ramon precisa reinventar esse time se quiser levá-lo a algum lugar nesta temporada.
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