A classificação às oitavas de final da Sul-Americana, o anúncio de salários quitados com jogadores e funcionários do clube, além do aporte financeiro de R$ 10 milhões ao fechar parceria com uma empresa de moeda digital até aliviam o clima no Vasco. Afinal, avançar em uma competição é algo importante e acertar vencimentos, por mais que seja uma obrigação básica, era algo que não acontecia há tempos em São Januário. Entretanto, quando a bola voltar a rolar, a realidade vai se mostrar muito mais dura com o Gigante da Colina.
No domingo (08), o Vasco recebe o Palmeiras em seu primeiro jogo no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com dois jogos a menos na tabela, o Cruz-Maltino acumula 19 pontos e ocupa a 16ª colocação. Números preocupantes, que colocam o time carioca na luta contra o rebaixamento. Para respirar aliviado, o objetivo é vencer os jogos atrasados e fazer uma campanha melhor nesta segunda metade da competição.
Mas para isso, o técnico Ricardo Sá Pinto vai precisar extrair o melhor de um elenco limitado, mas que possui alguns recursos interessantes a oferecer. Só assim vai conseguir superar a péssima fase no Brasileirão, competição em que o Vasco não vence desde o dia 13 de setembro, quando bateu o Botafogo por 3 a 2, em jogo válido pela 10ª rodada. De lá para cá foram seis derrotas e dois empates. São quase dois meses sem vitórias, inaceitável.
A ilusão provocada pelo “ramonismo” e pela surpreendente liderança na quarta rodada do Brasileirão criou uma expectativa impossível de ser atendida. O Vasco nunca foi candidato ao título, mas também não é tão ruim para estar entre os piores do campeonato. Castán, Benitez e Cano são as principais referências do elenco, que também conta com bons valores como Talles Magno, Andrey, Cayo Tenório, Vinícius, e ainda outros que pode contribuir mais como Pikachu e Leonardo Gil.
No empate diante do Caracas, que garantiu a vaga nas oitavas de final da Sula, Sá Pinto apostou em um esquema com três zagueiros. A equipe ficou menos vulnerável e foi pouco ameaçada. Pode ser uma opção. Mas o principal problema está no ataque. Na temporada, o Vasco tem média de menos de um gol por partida. No Brasileirão, são 20 bolas na rede em 17 jogos. Com a ausência de Cano, lesionado, os demais atacantes se mostram incapazes de fazer o barbante balançar. O problema é grave.
Que Sá Pinto possa ter tranquilidade para trabalhar e principalmente blindar o elenco do clima acirrado de eleições em São Januário. Que a tensão e indefinição do pleito não atrapalhe o ambiente que mais precisa de paz neste momento.
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