Nos últimos 14 anos, o mundo do futebol se acostumou ao protagonismo de Cristiano Ronaldo e Messi nos gramados. A Liga dos Campeões é um campeonato marcado por atuações memoráveis dos dois craques. Foi na principal competição da Europa que eles realizaram façanhas inimagináveis: hat-tricks, dribles geniais, gols que apenas quem é muito acima da média poderia fazer. Mas 2022 traz a dura realidade que todo carnaval tem seu fim.
A mesma Champions League, que consagrou o português e o argentino, agora oferece sua vitrine a outros astros. Eliminado na semana passada quando o Paris Saint-Germain caiu diante do Real Madrid, Messi agora tem a companhia de Cristiano Ronaldo, que nada conseguiu fazer a fim de evitar a derrota do Manchester United, dentro de casa, para o Atlético de Madrid.
Sob a potente luz dos holofotes, Messi e Cristiano Ronaldo ficaram apagados. O lance mágico e decisivo que conduz o time a vitória não apareceu. O português, com 37 anos, e o argentino, com 34, sentem o peso da curva descendente em suas carreiras. O porte físico e o fôlego não são mais os mesmos. É perceptível que a genialidade ainda está lá, mas a força para carregá-la já se esvaiu.
Não há nenhum problema de presenciar o fim de uma era e o início de outra. Privilegiados são os que presenciaram o auge desses dois monstros do futebol mundial. Por isso a nostalgia fala tão alto ao lembrar que há algumas temporadas essa história seria bem diferente. Eliminação precoce, nas oitavas de final na Liga dos Campeões era algo completamente impensável. Não é mais. É o novo normal.
Entre 2008 e 2017, CR7 e Messi monopolizaram a disputa de melhor jogador do mundo: cinco prêmios para cada. A sequência foi quebrada por Modric, que faturou a premiação em 2018. Mas em 2019, La Pulga retornou ao topo do pódio. De 2020 para cá, Robert Lewandowski ostenta o prêmio máximo do futebol mundial.
O fato é que nunca antes na história acompanhamos dois jogadores estarem em altíssimo nível por tanto tempo. O mundo do futebol já havia visto dezenas de craques, mas nunca dois que se perpetuassem em forma sobrenatural durante um período tão longo.
Não tenho dúvidas que Messi e Cristiano Ronaldo ainda serão responsáveis por mais alguns lances brilhantes. Mas é inegável que o tempo chegou para os dois. Quem viu o auge não vai esquecer. Agora cabe aproveitar o pouco tempo que resta dos craques.
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