Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Sonho de medalha da ginástica rítmica foi adiado, mas segue muito real

Lesão de Victoria Borges é algo que pode acontecer a qualquer atleta. É triste, mas é do jogo. As capixabas Déborah Medrado e Sofia Madeira, assim como suas companheiras, brilharam em Paris

Apresentação do Brasil na ginástica rítmica em Paris 2024 com as capixabas Deborah Medrado e Sofia Madeira
Apresentação do Brasil na ginástica rítmica em Paris 2024 com as capixabas Deborah Medrado e Sofia Madeira, no centro da foto. Crédito: Vitor Jubini

Um ciclo olímpico recheado de conquistas, medalhas importante no cenário mundial e uma evolução de desempenho significativa. O cenário perfeito para chegar com o moral elevado em uma olimpíada. E assim chegou em Paris o conjunto da ginástica rítmica do Brasil formado pelas capixabas Déborah Medrado e Sofia Madeira, e por Maria Eduarda Araraki, Nicole Pírcio e Victoria Borges. 

Roteiro pronto. Arena La Chapelle lotada na manhã desta sexta-feira (9), torcida brasileira presente e uma primeira apresentação excelente: nota 35.950. Quarta colocação no geral e no páreo por medalha. Até que veio a lesão da Vic, no aquecimento entre uma apresentação e outra. Tudo mudou em instantes. As meninas poderiam já desistir ali, mas se fecharam e a própria Victória escolheu subir ao tablado para a segunda apresentação com as companheiras. 

O resultado obviamente foi uma nota mais baixa que o esperado. Uma ginasta sem tanta mobilidade acaba influenciando no desempenho do grupo. Mas àquela altura importava o espírito olímpico, a superação e força das meninas que entregaram o máximo possível. A nota, um 24.950, deixou o conjunto brasileiro na 9ª colocação, sendo que só oito equipes avançam à final. Ou seja, mesmo com essa limitação, ainda tiveram um bom resultado dentro das circunstâncias.  

No fim, todas muito emocionadas por tudo que aconteceu. E assim é o esporte. Lesão pode acontecer com qualquer atleta a qualquer momento. É erguer a cabeça e seguir adiante, assim como as meninas fizeram. 

Apresentação do Brasil na ginástica rítmica em Paris 2024 com as capixabas Deborah Medrado e Sofia Madeira
Deborah Medrado nas Olimpíadas de Paris. Crédito: Vitor Jubini

"A esperança nunca morre. A gente é brasileiro, a gente tenta até o final. Isso para gente foi uma medalha olímpica, porque antes de entrar, ali se concentrando, ela não estava ainda. Foi um desespero para equipe, por isso atrasou. A gente falou: "Vamos tentar, Vick, faz o que você puder, mas vamos tentar". E quando acabou, a emoção tomou conta, porque a gente tentou, a gente só queria tentar e ela deu isso para gente. Saiba que a gente deu nosso sangue todos os dias. A gente treinou 100%. Quando uma não estava bem, as outras estavam puxando. As treinadoras estavam juntas, a nossa equipe estava unida. A gente fez tudo. Tudo que era possível. A gente tentou até o final, acho que isso é o mais importante", disse Déborah Medrado à SporTV em entrevista após a prova.

E o esporte é sobre isso. Entrega. O sonho da medalha olímpica segue sendo muito real, só teve que ser adiado. Mas certamente esse time voltará mais forte.

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