Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Vasco faz todo o esforço possível para permanecer na Série B em 2022

Em rodada que poderia ter se aproximado do G-4, Vasco jogou mal, foi derrotado e ultrapassado por dois adversários na tabela. Situação ficou complicadíssima

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 30/10/2021 às 02h00
Marquinhos Gabriel teve a missão de organizar o meio-campo do Vasco, mas jogou muito mal
Marquinhos Gabriel teve a missão de organizar o meio-campo do Vasco, mas jogou muito mal. Crédito: Thiago Ribeiro/AGif

Não foi a primeira vez nesta edição da Série B do Campeonato Brasileiro que o Vasco perdeu uma ótima chance de se aproximar do G-4 da competição. Em uma rodada em que todos os times que estavam à frente do Cruz-Maltino tropeçaram, bastava vencer para ficar a apenas três pontos da zona de classificação para a Série A, mas o time comandado por Fernando Diniz apresentou um futebol pobre e foi derrotado pelo CSA por 3 a 1 na noite desta sexta-feira (29), em pleno São Januário.

Numa partida em que já se esperava uma equipe menos criativa por conta da ausência de Nenê, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o Vasco se mostrou incapaz de agredir o time alagoano. Uma ineficiente posse de bola, um jogo girando de um lado para o outro, mas sem intensidade. Sorte que o VAR interviu para marcar um pênalti que o solitário lutador Germán Cano bateu para marcar o único gol cruz-maltino no confronto.

A derrota para o CSA foi sintomática porque os jogadores do Gigante da Colina não mostraram bola e nem vontade de vencer. Um elenco que joga em um time do tamanho Vasco, em uma Série B, com o objetivo claro de retornar à elite do futebol brasileiro, tem que ter no mínimo garra. Entretanto, os atletas estavam apáticos: perdendo divididas, desligados e tocando bola como se o gol fosse surgir em um passe de mágica. Pouco, muito pouco.

O CSA, por outro lado, estava na gana de vencer a partida desde o início. Foi perceptível o desejo de vitória dos jogadores, que assimilaram a estratégia pensada pelo técnico Mozart: ofereceram a bola ao Vasco, foram eficientes na marcação e nos contragolpes. Resultado incontestável pelo que as equipes apresentaram. 

Fernando Diniz tem um elenco ruim nas mãos e aposta em um estilo de jogo que é muito difícil de ser eficiente com a qualidade de seus jogadores, mas tem sua parcela de culpa pela atuação do time. A começar pelo goleiro. Lucão está mal e inseguro há alguns jogos. No primeiro gol do CSA, ele montou a barreira de forma equivocada e aceitou uma bola defensável. Na lateral direita, Zeca já passou da hora de ser sacado. O meio-campo foi pavoroso e não criou nada. Então ele tem que fazer o time minimamente competitivo. Não dá para ser completamente “Nenedependente”.

CHANCES REMOTAS DE VOLTAR À ELITE

O cenário para o Vasco conseguir o acesso à Série A já se mostra terrível. Com 6% de chances de subir conforme as previsões matemáticas, o Gigante da Colina está na oitava colocação na tabela e a seis pontos do G-4. Não é impossível, mas o Cruz-Maltino precisa ser perfeito daqui em diante e secar muitos concorrentes.

Restam seis jogos ao Vasco: Guarani (fora), Botafogo (casa), Vitória-BA (casa), Vila Nova (fora), Remo (casa) e Londrina (fora). É vencer ou vencer, não há outra saída. O caminho não é fácil, e está muito difícil para o torcedor acreditar que vai dar certo.

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