O “Ramonismo” acabou. Na tarde desta quinta-feira (08), o Vasco anunciou que Ramon Menezes não é mais o técnico do clube. Decisão sustentada pelo retrospecto recente que acumula seis jogos sem vencer: quatro no Brasileirão e dois na Copa do Brasil, que resultaram na precoce eliminação na competição nacional. Mas que, na verdade carrega boa dose de motivação política.
A um mês das eleições do clube, uma fase ruim dentro de campo é muito prejudicial à campanha de Alexandre Campello, atual presidente e que busca sua reeleição. O desligamento de Ramon é muito mais uma resposta aos seus potenciais eleitores. Mostra movimentação para que dentro de campo a situação melhore. Se ele acertar no substituto, ainda que este tenha bons resultados apenas no início, já será suficiente para criar a imagem de salvador da pátria e garantir votos importantes no pleito cruz-maltino.
Ramon se tornou refém de seus próprios bons resultados. À frente de um elenco limitado e com poucas peças de qualidade, o treinador enfileirou bons resultados em seu início de trabalho e alimentou uma ilusão de que o Vasco poderia sonhar alto nas competições que disputa. Não pode.
Após se tornar sensação do Brasileirão e até figurar na liderança da competição, o Vasco também passou a ser melhor observado pelos rivais. E certamente não precisou de muito para entender que o elenco possui alguns jogadores fundamentais, que se anulados, fazem do Gigante da Colina um time inofensivo.
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O treinador tinha sua parcela de decisões equivocadas, mas em um elenco com Pikachu, Felipe Bastos, Marcos Junior, Ribamar, Henrique e vários outros jogadores questionáveis fica difícil demais fazer milagres em todos os jogos. Agora é esperar quem assumirá o comando do time. O treinador escolhido terá uma missão muito difícil pela frente.
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