Na última semana, falei nesta coluna sobre o atual momento do mercado automotivo em relação ao preço dos veículos, o fato dos valores terem aumentado, etc. Neste cenário, é importante que o consumidor fique ainda mais atento na hora de fazer a escolha de um modelo. Além disso, é primordial que a atenção seja redobrada em relação à qualidade e à procedência do veículo, sobretudo no caso de optar pela compra de um carro usado ou seminovo.
Mas você sabe se precaver na hora de comprar um carro que já foi usado? Sabe como não cair numa armadilha de comprar um carro de má qualidade, batido, de leilão e até com quilometragem adulterada?
Confira abaixo 7 dicas valiosas para que você não caia numa enrascada ao escolher um carro usado ou seminovo:
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01
Tenha paciência
Já ouviu aquele ditado "a pressa é inimiga da perfeição"? Ele se aplica para essa situação também. Nunca demonstre pressa para quem você está vendendo um carro e nem demonstre necessidade de urgência se estiver interessado na compra. Além disso, quando se tem pressa numa situação como essa, a chance de você fazer um mau negócio no que diz respeito à qualidade e boa procedência aumenta bastante. Por isso, seja paciente.
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02
Analise o perfil do veículo que o atenda de forma racional
Você pode ser apaixonado por carros esportivos, mas em seu atual momento é esse tipo de veículo que te atende? Já vi cliente com esposa e duas crianças comprar um carro Coupé para uso familiar. Em menos de um mês ele percebeu que fez um péssimo negócio e teve que trocar o carro escolhido, tendo prejuízo financeiro nessa operação. A dica é para que você analise o perfil do veículo que você precisa, olhando o consumo, custo de manutenção, espaço interno, conforto para os ocupantes, tipo de uso, etc.
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03
Pesquise o preço em sites de venda
Muitas pessoas se baseiam apenas por sites especializados em preço dos carros, como a tabela Fipe. Porém, a maior fonte de informação real dos preços está nos sites de venda especializados no ramo. Depois de uma pesquisa minuciosa, você consegue analisar não somente o modelo do veículo em si, mas características importantes como quilometragem e cor, por exemplo, que são fatores decisivos na composição do preço de um carro.
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04
Cuidado com influenciadores em sua escolha
É muito comum as pessoas terem alguém para opinar em relação à escolha de um carro. Isso é bom, pois ter alguém de confiança pode te trazer mais segurança na decisão. O problema disso, na prática, é que a expectativa da pessoa no veículo não será a mesma que você tem. Quando as escolhas são feitas pautadas na opinião de amigos ou parentes, depois de concretizada a compra pode ser que apareça um sentimento de frustração. Veja bem, o que é bom para uma pessoa não necessariamente será bom para você.
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05
Busque auxílio de um profissional
Hoje existem profissionais e empresas que oferecem o serviço para auxílio na compra de um carro. Caso você não tenha condições de contratar esse tipo de serviço, busque pelo menos uma empresa que ofereça vistoria cautelar do carro escolhido. Mesmo não tendo 100% de eficiência na verificação estrutural de um carro, ou até para saber se o mesmo já esteve numa enchente, por exemplo, esse tipo de vistoria irá te ajudar a ter uma boa noção de como está o estado da estrutura do veículo. Além disso, também é feita a consulta do carro no que diz respeito à histórico de leilão, histórico de roubo e furto e checagem do número de motor e número do chassi do carro para saber se há ou não algum tipo de adulteração nesse sentido.
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06
Exija o histórico de manutenções
Peça a pessoa que está vendendo o automóvel para te apresentar o histórico de manutenções feitas. Não somente da última revisão, como a maioria das pessoas fazem, mas todo histórico para saber se o carro fez as manutenções preventivas para que você não tenha dor de cabeça.
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07
Verifique o desgaste interno do carro
Um aspecto que gera muito medo nas pessoas é em relação à adulteração da quilometragem dos carros. Infelizmente, esse tipo de coisa ainda acontece e não somente no âmbito das revendas como as pessoas pensam, mas também de pessoas física que fazem esse tipo de falcatrua. Uma dica interessante é ter consciência da média de quilômetros rodados por ano na sua região. No Espírito Santo, por exemplo, os carros de uso padrão rodam em média cerca de 12 mil km ao ano. Ou seja, um carro com dois anos de uso terá, em média, algo em torno de 24 mil km rodados. Se você está olhando um veículo que tem cinco anos de uso, é possível que o mesmo tenha 30 mil km rodados? É possível, claro, mas fique atento aos detalhes: desgaste do volante, desgaste da manopla do câmbio, desgaste dos pedais, desgaste da maçaneta interna, desgastes do estofado, etc.
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