Acredito que o assunto que mais abordei aqui com vocês foi em relação ao preço dos carros. Natural, visto que a variação dos valores no mercado automotivo é enorme de 2020 para cá. O que você já sabe é que por conta da pandemia os preços dos carros subiram bastante.
Tenho falado com frequência que esse é o novo normal, ou seja, a realidade é que os carros não serão mais comprados pelos preços que eram comercializados antes da pandemia.
Contudo, o mercado sempre varia. Em determinados momentos está bastante aquecido com mais procura do que oferta e, como consequência, os preços sobem e as negociações tendem a ter cada vez menos uma margem de queda na compra.
Existe também o momento em que o mercado fica mais frio, com bastante oferta e menos procura. E é exatamente este momento que estamos passando.
Em março, por exemplo, a venda de veículos comerciais leves alcançou o número de 782,4 mil unidades. Isso representa um aumento de 28,9,% em relação a fevereiro. Esse crescimento, inclusive, já era esperado por conta da quantidade de dias úteis.
Já a média de transferência subiu de 31,9 mil para 35,6 mil entre os dois meses em questão.
Um dado interessante é que para cada veículo zero quilômetro emplacado foram vendidos 6,1 carros usados/seminovos.
Com essas informações você deve estar se perguntando por qual motivo seu amigo colunista está falando que é um bom momento para adquirir um automóvel. Agora que vem a informação que evidencia isso:
Comparando o primeiro trimestre de 2022 com os três primeiros meses de 2021 houve uma queda de 24,7% no volume de vendas de usados, tendo sido comercializados pouco mais de 2 milhões de unidades em janeiro, fevereiro e março de 2022. Esses dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que reúne as associações de concessionários.
Com essa queda temos um novo cenário comparado com o ano de 2021, onde o mercado estava bastante aquecido.
Então, pense comigo: se o mercado está aquecido, quem vende não tem por que oferecer desconto ou algum benefício como cortesia na transferência ou emplacamento grátis no caso do zero quilômetro. Isso porque as vendas estavam acontecendo naturalmente, sem haver necessidade de muito esforço de quem vende.
Agora, o cenário é diferente: o poder de negociação está nas mãos de quem compra, visto que o mercado retraiu conforme expliquei acima. Ou seja, o comprador nesse momento do mercado tem muito mais força e argumentação para conseguir uma negociação mais vantajosa. Com isso, está aí um bom momento para comprar ou trocar de carro.
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