Recebi o convite da concessionária Jeep de Vitória para testar o novo Renegade Sahara. Antes de falar da experiência em si, quero trazer para você, amigo leitor de A Gazeta que é apaixonado por carros, uma breve reflexão de que tudo nesta vida está num processo contínuo de evolução.
Dito isso, relembre comigo a história do Jeep Renegade, lançado no segundo semestre de 2015, pouco depois da fusão da Fiat com as marcas americanas Chrysler, Dodge e Jeep, a mais popular das três.
Falando apenas do Renegade, que é o assunto principal deste texto, seu projeto passou por vários problemas. O principal deles foi o fraco motor 1.8 aspirado que equipava alguns modelos da Fiat como o Argo, Cronos e Toro. Contudo, os problemas principais nunca foram a falta de potência e, como consequência, o alto consumo, mas sim o famoso trocador de calor.
Essa pequena peça serve para trocar calor entre o câmbio e o sistema de arrefecimento. O problema é que ela oxidava, fazendo com que o líquido de arrefecimento se misturasse com o óleo do câmbio. O resultado, em muitos casos, era a perda do câmbio do carro.
Lembra-se de que eu disse que tudo está num processo contínuo de evolução? Esse é um exemplo perfeito. Demorou anos para que a Stellantis descobrisse que o problema não era a peça nem o sistema em si, mas sim o líquido de arrefecimento. Imagine quantos testes foram feitos até que chegassem a essa conclusão. Entenda, não estou defendendo a marca; minha função aqui é trazer esclarecimento para você, consumidor apaixonado por carros.
Sendo assim, posso lhe dizer que esta nova geração do Jeep Renegade beira à perfeição para quem espera de um “Jeepão” robustez, força, torque e, o mais importante, confiança.
O carro na pista é simplesmente um espetáculo, entrega o que é esperado. Tem um pacote tecnológico de segurança excelente como os assistentes de condução. Pude testar bem o carro, pois fui a Santa Teresa, no interior do Espírito Santo, e andei em estradas de terra e no asfalto com bastante curvas acentuadas.
A combinação do excelente motor T270 com o câmbio automático de seis marchas é muito boa, entregando precisão nas trocas de marchas em alta e baixa rotação.
Fico na torcida para que a Stellantis mantenha por um bom tempo esse modelo do Jeep Renegade, para que ele se torne um clássico da marca de origem americana, como é o famoso Jeepão Willys.
LEIA MAIS EM GABRIEL DE OLIVEIRA
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.