A coluna traz uma análise do mercado automotivo, com tendências do segmento, panorama, dicas e orientações. Tem como público-alvo o cliente que compra carro, quer trocar de veículo ou quer tirar dúvida sobre a manutenção desse bem, além de leitores apaixonados pelo tema. O perfil nas redes sociais é @gabrieldeoliveirapersonalcar

Passo a passo para quem vai comprar carro usado ou seminovo

Cuidados buscam minimizar ao máximo a chance de fazer um mau negócio ao adquirir um veículo de terceiros

Vitória
Publicado em 14/05/2024 às 11h53
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É fundamental pesquisar sobre o modelo de carro que você almeja adquirir. Crédito: Shutterstock

O mercado de carros usados oferece bastante oportunidades de compra. Inclusive vale ressaltar que o mercado está bastante aquecido. De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), as vendas de abril tiveram um aumento de 26,6% maior que no mesmo período em 2023. Além disso, as vendas acumuladas do primeiro quadrimestre de 2024 é de 4.840.992 de carros vendidos, montante 10% maior que em 2023 nos primeiros quatro meses do ano

Contudo, é bem comum o consumidor fazer um negócio ruim, principalmente em relação à qualidade do carro adquirido e, dessa forma, acaba se sentindo lesado, principalmente quando fica aquela impressão de que você pagou um valor muitas vezes acima do que o carro vale.

Sendo assim, preparei para você, leitor de A Gazeta, um passo a passo para minimizar ao máximo a chance de fazer um mau negócio ao adquirir um carro usado ou seminovo.

1. Pesquise sobre o modelo

É fundamental pesquisar sobre o modelo de carro que você almeja adquirir. Muitos carros possuem problemas crônicos. Além disso, é comum o consumidor comprar um carro por gostar da estética ou por ter escutado alguém falar bem. Porém, ao adquirir o carro, acaba percebendo, com o tempo, que o custo de manutenção daquele automóvel sobrecarrega o orçamento.

É comum também perceber que o carro não atende, simplesmente pelas características do modelo que não correspondem à necessidade de uso. Por isso, é fundamental pesquisar bastante sobre o carro e o custo para manter esse veículo.

2. Pesquise sobre o valor do seguro

O valor do seguro de um automóvel é parte fundamental que deve entrar na conta de aquisição. Até porque o preço do seguro varia bastante de modelo para modelo. Então, para não ter surpresas, tenha esses valores em mãos ao procurar o carro que almeja.

3. Pesquisa de preço

Pesquisar a tabela Fipe ajuda a ter uma noção de valores. Contudo, o que determina o valor de mercado de um carro são os anúncios. Existem modelos de carros que são mais valorizados no mercado da mesma forma em que há aqueles menos valorizados.

Além disso, quilometragem, quantidade de donos e procedência do automóvel são fatores que contribuem para a precificação do veículo em questão. Por isso, pesquise os anúncios do modelo que você almeja e faça uma média em relação ao valor do carro escolhido. Dessa forma, quando for negociar a compra do carro, você estará informado para ter argumentos de negociação no ato da compra.

4. Peça a comprovação das manutenções passadas e faça uma checagem mecânica no carro

É fundamental pedir a quem está vendendo o carro a comprovação de que as manutenções preventivas passadas do carro tenham sido feitas do modo correto. Além disso, leve o modelo que está sendo negociado a uma oficina de sua confiança para que passe por uma vistoria mecânica completa. Dessa maneira, se o automóvel estiver com algum problema, você não será pego de surpresa depois que já tiver comprado o carro.

5. Faça uma vistoria cautelar

Existem empresas que fazem a chamada vistoria cautelar. Que consiste em verificar toda parte estrutural do carro visando encontrar batidas e adulterações na estrutura do carro. Dessa forma, você consegue descobrir se o carro no qual está interessado foi batido ou não.

Além disso, nesse tipo de vistoria a empresa também faz uma consulta completa da documentação do carro, visando saber se o mesmo possui alguma restrição, débitos a serem pagos, multas, impostos, se possui passagem de leilão ou até algum tipo de bloqueio judicial.

6. Pagamento só pode ser feito na conta do proprietário

Só faça o pagamento do carro na conta de quem está registrado o veículo. Além disso, essa etapa só deve acontecer depois de todas etapas anteriores, citadas acima, e depois do trâmite do cartório ter sido feito e você estiver em posse da documentação de transferência do carro para seu nome e do próprio veículo.

Lembrando que não é aconselhável, em hipótese alguma, efetuar qualquer tipo de sinal de compra.

Seguindo esse passo as chances de você fazer um negócio ruim diminuem bastante.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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