Já falei com você, consumidor, sobre vistoria cautelar. Esse trabalho é feito por empresas prestadoras de serviço.
Vistorias veiculares são obrigatórias em todos os Estados. Elas servem para realizar a transferência de propriedade, a regularização de automóveis e indicar a alteração de característica, como, por exemplo, veículos que foram colocados GNV ou que foram rebaixados. O intuito dessas vistorias é impedir que veículos que não estejam aptos a rodar por alteração de característica, problemas estruturais ou de estado de conservação ou até com bloqueios de furto e roubo.
No entanto, parece que o intuito tem ficado apenas na teoria, já que existem denúncias sobre veículos com adulterações de chassi, dentre outros problemas, que estão sendo aprovados nas vistorias do Espírito Santo.
Agora, se com uma vistoria necessária para que um veículo esteja apto ou não a rodar isso está acontecendo, imagine o que naquelas que são feitas para comprovar ou não a qualidade de um carro.
Fato é que, eu, como profissional dessa área, já peguei alguns carros com vistoria cautelar aprovada, mas que não aprovei na hora de vistoriá-lo. Inclusive, com informações no documento que não condiziam com a realidade do automóvel em questão.
Esse tipo de serviço é algo que deveria ser feito de forma séria, pois é por meio dele que a compra de um veículo pode ser feita ou não. Afinal, estamos falando de algo diretamente ligado à segurança no trânsito. Ou seja, um veículo aprovado em condições precárias pode causar um grave acidente.
A solução para isso está longe de acontecer. Na verdade, um estudo para que isso não aconteça deve ser feito.
Mas um fato é inegável, transmitir a responsabilidade dessas vistorias para empresas terceirizadas simplesmente banalizou a importância desse tipo de vistoria.
Comercialmente falando a você, consumidor. Não confie em apenas uma vistoria. Contrate um profissional experiente e imparcial e remunerado por você para auxiliá-lo nessas avaliações. Dessa maneira, você diminui bastante o risco de comprar um carro achando que é uma coisa, mas que na verdade é outra.
LEIA MAIS EM MOTOR
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.