O portador do cromossômo Y atualmente questiona a sua própria posição no campeonato de práticas de macheza: virilidade, dominância sobre a fêmea, alta performance na sedução, dinheiro, liderança e poder.
Há uma urgente revisitação das funções e até capacidades.
Surge um homem com h minúsculo conformado com a re-significação dos papéis e ocupações dentro de casa. O formato atual comporta uma mãe provedora e um pai sensível. O rei do lar estaria deposto?
O que podem, devem ou querem fazer? Notória e deflagrada a crise na identidade do macho, acompanhada de uma incipiente bibliografia sobre como eles são na atualidade, isso evidencia a brevidade do evento do seu declínio. Por isso tantas perguntas sobre esse mosaico dos masculinos e femininos.
Um holofote apontado para a relação entre homens e mulheres revela que há uma reprodução do machismo por muitas mulheres-mães que não querem sensibilizar seus filhos, ao mesmo tempo que essas mulheres-mães infantilizam seus meninos e os fazem empacar na ordem desenvolvimentista devido uma fixação delas para com eles, e vice-versa. Sim, há uma simbiose e comunhão tóxica entre os dois. Aqui mora a razão pela qual muitos homens não crescem e não soltam das mães, impedindo outras mulheres (potencialmente parceiras) de não encontrarem ou identificarem os machos alfas tão desejados.
O machismo operado e perpetuado por mulheres afetam negativamente as mulheres da próxima geração. Assim se dá a produção do homem-menino, tão infantil quanto sem cargo. Além de que, faltam modelos de alfas masculinos pra eles se espelharem. Se as mães os ofuscam, os pais não deveriam se erguer em macheza pra eles se moldarem? Cadê os machos-pais?
Notável sociólogo inglês, em crítica ácida, diz o homem estar atualmente reduzido a uma gota de esperma.
A clínica sexológica se aproxima disso, revelando homens com disfunção erétil e meninos viciados em Viagra por temerem falhar e prejudicar a sua performance sexual diante de mulheres exigentes. Todos intimidados e praticantes de mecanismos de proteção com elas. Seu papel como amante está em xeque. Dado que necessita respeito a eles e nos mostra a legítima alegação de que eles também querem ser seduzidos e desejam ser desejados na cama.
A sociedade patriarcal desenhou um homem invencível, mas, por onde ele andaria? Ele dava as ordens, mas o realçado matriarcado apontado pelo IBGE dentro de casa põe as relação ombro-a-ombro. Equidade desejável e necessária!
Onde estaria, então, o alfa? Quando desafiado, reaparece revestido com atos de violência ou atitudes de ausência/negligência. Hannah Arendt ditou claramente a relação entre a baixa do poder/autoridade e a ascensão da violência. Poderes que carecem ser negociados dentro de casa. O que vemos são mulheres machucadas que engrossam as estatísticas da delegacia de proteção a elas, ou ainda, vítimas abandonadas e largadas.
Homem como pai, padrasto, homoafetivo, ....plena transição. Carecem de uma elucidação acerca do que eles próprios desejam, já que as mulheres na emancipação se revelam corajosas, cheias de opinião, fazedoras de coisas, decididas e abundantes em expressões - tudo o que eles eram, outrora! Fêmeas alfas? Que haja tempo para todos os ajustes essenciais entre os gêneros!
Não obstante,
Algum bônus este parente caos apresenta? Sim ! A história recente nos escancara um ganho afetivo emocional inigualável, com o pai aderente à vida plena dos filhos, não exclusivamente ao sustento financeiro.
E, uma solução? Ver e ter a mulher como parceira e não como serviçal sexual, ou subjugada a ele, ou sua mãe ou como sua empregada. Saibam, tada supremacia, se vivida com arrogância, é o caminho para a solidão e perdição, que tocará todos, em suas identidades.
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.