No mercado imobiliário, já é um consenso: a alta dos preços dos imóveis residenciais é uma realidade. A discussão agora é sobre as consequências e o tempo de permanência deste cenário.
Antes de avaliar as consequências, é importante entender as variáveis da alta dos preços. A primeira delas é o aquecimento do próprio mercado imobiliário. Salvo os dois primeiros meses da pandemia de covid-19, entre março e abril de 2020, quando praticamente todos os setores da economia afundaram em meio à onda de pânico, já faz mais de um ano que o setor vem dando um show de resiliência e prosperidade.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as vendas de unidades residenciais novas cresceram 9,8% no país em 2020, em relação ao ano anterior. No mesmo período, a oferta de crédito cresceu 57,5%, atingindo o patamar recorde de R$ 124 bilhões.
É preciso observar ainda que o consumidor teve aflorado o desejo de trocar de imóvel por conta da pandemia de Covid-19. Além disso, foi fortemente atraído pelo crédito farto com juros baixos e, consequentemente, redução do valor das parcelas.
Milhões de brasileiros descobriram com o home office que sua residência era limitada ou inadequada para o trabalho remoto. Além disso, inúmeras famílias fizeram a opção de trocar os centros urbanos pela qualidade de vida das cidades do interior ou litoral.
Tudo isso associado à recuperação econômica do Brasil, deve continuar movimentando o mercado imobiliário neste ano, gerando uma demanda mais aquecida do que a oferta de novos imóveis.
Vale lembrar que a resposta das construtoras, com novos lançamentos, a essa procura maior, não é rápida, o que acaba contribuindo para a elevação dos preços dos imóveis em estoque, inclusive no segmento de usados.
Outra variável importante nesta tendência de alta dos preços dos imóveis, são os fatores externos e internos, que pressionam os custos da construção civil.
A recuperação da economia global, elevou às alturas as cotações dos principais commodities. O minério de ferro, por exemplo, bateu recorde em maio ao superar os US$ 230 por tonelada, afetando toda a cadeia do aço.
Internamente, o auxílio emergencial, liberado pelo Governo Federal, elevou a demanda por tijolo e cimento, provocando o reajuste nos preços do material de construção. Em 12 meses, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) acumula alta de 12,82%, o dobro da inflação oficial medida pelo IPCA.
Esse é o cenário dos imóveis residenciais daqui para frente. É importante destacar ainda que, em termos reais, considerando a atualização da inflação, os preços estão, em média, 25% abaixo dos valores registrados no pico do crescimento do mercado imobiliário, em 2014.
É neste cenário que o corretor tem a missão de orientar os consumidores na escolha da melhor oportunidade. Agora é o momento de decisão de compra para não perder tempo e garantir os valores antes da atualização das tabelas. Agora é o momento para os investidores, que compram imóveis na planta. Existe a possibilidade de ganho dobrado: no preço do bem material, em caso de revenda, e no contrato do aluguel, que costuma ser uma fração de 0,3% a 0,8% do valor da residência.
A alta dos preços dos imóveis residenciais é uma realidade e o compromisso de ajudar as pessoas com a escolha do melhor momento de compra é uma urgência.
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