Personalidades do Estado fazem um breve relato de sua história e mostram alguns de seus objetos preferidos

Arquiteta do ES lança marca de objetos para casa

Mariah Cardoso acaba de criar a Casa Aia, marca que tem a proposta de trazer o conceito da alfaiataria para a mesa

Mariah Cardoso
A arquiteta Mariah Cardoso também faz projetos que prezam pela sensação de conforto, aconchego e acolhimento. Crédito: Carlos Alberto Silva

Mariah Cardoso acaba de realizar um sonho. Ao lado da sócia Rhaissa Uliana, a arquiteta capixaba criou a Casa Aia, marca que tem a proposta de tornar o dia a dia mais especial. "Não criamos peças para serem usadas apenas com as visitas ou em um almoço de feriado. Desejamos mostrar ser possível trazer um pouco de charme ao cotidiano. Acreditamos que uma mesa caprichada transforma um simples café da manhã em um momento agradável, o que beira o autocuidado", diz.

Para que isso aconteça elas vendem lugares de mesa em tecidos naturais, como linhos e algodões e bordados feitos à mão. A ideia é trazer o conceito da alfaiataria para a mesa. "É a marca dos meus sonhos. Sempre apreciei essa relação afetiva com a casa e dei valor aos momentos comuns do dia a dia . Sentia falta de peças charmosas que trouxessem bossa ao meu cotidiano. Pesquisei bastante e nunca vi marca similar. Foi então que resolvi fazer os meus próprios lugares de mesa e minhas bandejas. Sempre que eu postava alguma coisa, percebia um enorme interesse nessas peças", conta.

A dupla, que vende os produtos de forma on-line, entende que a mesa é um lugar de afeto, de troca, de convívio, de começar e terminar o dia. "Enxergamos ela como palco de momentos importantes e desejamos valorizar esses momentos", diz Mariah. No portfólio da marca também tem bandejas e caixas em madeira com detalhes em latão dourado e a linha slowdown de aromas, com velas de vanilla e lavanda. É ela e a sócia que criam e desenvolvem todos os produtos. 

ARQUITETURA

Filha de um comandante de avião e de uma arquiteta, a capixaba se familiarizou cedo com os instrumentos de trabalho da mãe. "Fui uma criança perceptiva, sensível e sempre me atraí pelo belo. Posso dizer que desde pequena já era uma pequena esteta", conta. Mariah se tornou uma apaixonada pela ideia de que através do trabalho é capaz de transformar a vida das pessoas, o lugar onde vivem e a forma com a qual se relacionam com o espaço.

Em 2015 abriu o seu escritório de arquitetura. Os projetos prezam pela sensação de conforto, aconchego e acolhimento. "Independente do estilo, percebo que todas as pessoas desejam sentir-se bem, seja em suas casas, em ambientes comerciais ou de trabalho. Carrego essa responsabilidade como uma missão. Além disso, prezo pela atemporalidade. Sou avessa a ideia de fazer um projeto que se tornará obsoleto dentro de poucos anos", diz ela, que sonha em ter uma casinha de campo. "Pequena, com lareira, varanda, rede e uma horta. Um cantinho gostoso para recarregar as energias nos finais de semana". Se dividindo entre a reforma do escritório e uma obra em sua casa, Mariah abriu seu baú de memórias para mostrar os objetos que tem um carinho especial.

  1. A Gazeta - 8py438n
    01

    Presente inesquecível.

    O bracelete é uma peça da década de 40 e foi presente do meu avô para a minha avó. É muito delicado! Todo em ouro rosa em formato de casinha de abelha e diamantes cravejados. Sou muito apegada pelo fato de ter feito parte da história da minha família. Além disso, acho o desenho da peça clássico e muito elegante. Uso bastante e guardo com carinho.

  2. A Gazeta - 08ute6p9
    02

    Não dou, não vendo e não troco.

    Dou muito valor aos pequenos rituais diários. Começo o meu dia tomando um café e, normalmente, o faço nessa xícara de cerâmica que eu mesma fiz. Ela é meio imperfeita e isso é o que mais gosto. Tem a marca dos meus dedos e o fato de eu tê-la feito com as minhas próprias mãos me traz uma sensação afetuosa de acolhimento. Já me pediram para comprar e eu não vendo por dinheiro algum.

  3. A Gazeta - 9td70uo4s2q
    03

    Eu adoro.

    A caixa quadrada de madeira com tampa em latão dourado envelhecido. Ela faz parte do mix de produtos da Casa Aia. Tenho um apego especial porque foi um dos primeiros produtos que desenhei para a marca. Foi desenvolvida para ser porta-cápsulas de café, mas ficou tão linda que utilizo também como bomboniere, porta-sachê de chás e porta-joias.

  4. A Gazeta - bwkl9hddkoi
    04

    Não vivo sem...

    A agenda. Quem me conhece intimamente sabe que uma boa agenda é parte fundamental da minha organização diária. Essa é da MH Studios, marca que sou consumidora e admiradora há anos. Anualmente a Maria Helena, dona da marca, escolhe um tema interessante e convida alguém para escrever 12 textos mensais sobre o assunto escolhido. O tema escolhido deste ano foi arquitetura, e ela me convidou para escrever os textos. Por este motivo a agenda deste ano tem um valor ainda mais especial para mim.

  5. A Gazeta - 8y6pym
    05

    Tenho carinho.

    Pelo pote de vidro com flores. Gosto muito da ideia de que as coisas estão em construção. A história desse objeto nasceu de uma forma muito espontânea. Recebi flores nesse vidro e fui deixando desidratar. Desde então, sempre que recebo ou compro alguma flor que possa ser desidratada, coloco nele. Esse objeto se tornou uma peça decorativa que me transmite a sensação de continuidade, de mutação, de memória afetiva. Além de lindo, traz várias lembranças de gestos de carinho que recebi! Me encanto com essa ideia de acumular fragmentos de momentos especiais.

  6. A Gazeta - 1nfo1rk3p
    06

    Minha coleção.

    São os livros ARQTE. Esses são os mais icônicos livros de arquitetura produzidos no Brasil, idealizados por Denilson Machado, que é o mais renomado fotógrafo do segmento. Essa coleção é a minha paixão, desde os tempos de estudante, são como um tesouro para mim! No ano passado fui convidada pelo próprio Denilson para publicar um dos meus projetos na próxima edição do ARQTE. Estou animada!

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