Filha de uma professora e de um bancário, a colatinense Carol Cuquetto morou em algumas cidades pequenas do interior do Estado. "Meu pai vivia sendo transferido, e por minha mãe ser professora e ter sempre muito papel, lápis de cor e livros em casa, eu também passava muito tempo desenhando, fazendo colagens e tentando, sem sucesso, costurar roupas para as minhas bonecas", lembra.
O primeiro contato da designer gráfica com ilustração foi nos livros infantis, nas revistas em quadrinho e nas enciclopédias. Hoje, suas criações fazem sucesso pelo Estado e em todo o país. É de Carol a criação das ilustrações e de um manual de identidade visual que guiou o desenvolvimento das peças de comunicação do Todas Elas, projeto de A GAZETA para denunciar a violência contra as mulheres, questionar desigualdades e encorajar mulheres na luta pelos seus direitos. "Optei por elementos que falassem sobre superação e acolhimento. São desenhos de linhas simples, porém cheios de significado. Participar de um projeto desses é importantíssimo, pois, como designer, a minha intenção é fazer a informação chegar até as pessoas da forma adequada e, nesse caso, ajudar mulheres a se sentirem seguras para buscar uma rede de apoio", conta.
Em 2016, ela publicou através do edital setorial de artes da Secult, o livro ilustrado “Como matar um amor de tédio”. "São fragmentos de textos e desenhos que apresentam um pouquinho de ironia, afeto e memória. Por ser totalmente autoral, considero o meu projeto mais significativo. O livro me colocou em contato com muitas pessoas diferentes e isso me rendeu interações novas e mais motivação para produzir outras coisas". A capixaba tem curiosidade pelos detalhes. Tanto que as casas em que viveu, os objetos e lembranças que a minha família guardou moldaram seu imaginário. E sua cabeça está sempre voltando para essas coisas. "Os carretéis, as linhas, as fotos antigas... Os trabalhos que eu mais gosto são os que utilizam elementos pequenos, criaturinhas, bordados como os da Thais Beltrame e do Rick Rodrigues. Gostaria de ter mais tempo para fazer experimentações gráficas, testar materiais diferentes e ter um estúdio em uma casa com quintal".
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01
Não dou, não vendo e não troco.
Ainda estava na maternidade quando ganhei a macaquinha Tika do meu pai. Depois de 40 anos ela está bem acabadinha, mas certamente vai envelhecer comigo.
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02
Lembrança de viagem.
Comprei essa marionete em Barcelona. Ela foi criada a partir de um dos figurinos desenhados por Joan Miró, um dos meus artistas do coração.
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03
Não vivo sem...
Fiz esse carimbo para usar nos materiais de divulgação do meu livro. Uso até hoje nas embalagens dos desenhos que eu produzo.
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04
Guardo com carinho.
Adquiri esses livros quando estava pesquisando para a minha dissertação de mestrado. O trabalho do Doitschinoff é maravilhoso e inspirador. E o projeto gráfico é impecável.
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05
Presente inesquecível.
Ganhei esse caderno, de 5 centímetros de altura, e comecei uma série de desenhos minúsculos nele. Talvez vire outro livrinho.
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06
Adoro...
A Art Oracles, essa caixa de cartas com inspirações e conselhos baseados na vida de artistas. As ilustrações são lindas e os insights são sempre interessantes e bem-humorados.
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