Isabela Castello, administradora e designer, é apaixonada pelo universo criativo e pela natureza. Assina duas colunas. A VÃO LIVRE aborda conteúdos sobre arte, design, arquitetura e urbanismo. E a coluna TERRA trata de temas relacionados à sustentabilidade ambiental e ao consumo consciente. Seu propósito, com as colunas, é disseminar o bem e o belo.

Dia da Terra: a urgência de cuidarmos melhor do planeta

Essa data tem como finalidade criar uma consciência comum e mundial sobre os problemas da conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra

Publicado em 24/04/2022 às 08h00
Imagens de satélite da Terra
Imagens de satélite da Terra. Crédito: Reprodução

No último dia 22, comemoramos – se é que temos algo a comemorar – o dia da Terra. E a Coluna Terra não poderia deixar de fazer essa matéria, a fim de registrar e reforçar a importância, a necessidade e a urgência de cuidarmos melhor do planeta, nossa única casa.

Essa data tem como finalidade criar uma consciência comum e mundial sobre os problemas da conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra. Também chamado de Dia do Planeta Terra ou Dia da Mãe Terra, é uma data para reconhecer a importância do planeta e refletir sobre como podemos colaborar para sua proteção.

O Dia da Terra foi comemorado pela primeira vez nos Estados Unidos, no dia 22 de abril de 1970. Nesta data, o senador americano Gaylord Nelson (1916-2005) organizou um fórum ambiental que chamou a atenção de 20 milhões de participantes.

Imagens de satélite da Terra
Imagens de satélite da Terra. Crédito: Reprodução

O Earth Day, considerado o Dia Mundial da Terra, foi reconhecido pela ONU em 2009 e é celebrado anualmente e mundialmente no dia 22 de abril.

Neste ano, completam 52 anos. E, apesar de todos os esforços de conscientização, a humanidade continua caminhando para uma situação desastrosa, alarmante e preocupante. Precisamos falar e compreender as Mudanças Climáticas e atuarmos coletivamente para mitigar os efeitos adversos que sofreremos: o planeta e todos os seres vivos.

VOCÊ SABIA QUE...

As mudanças climáticas são as transformações de longo prazo nos padrões de temperatura e clima do planeta. Essas alterações podem ser naturais. Mas desde o século 18, as atividades humanas têm sido a principal causa das mudanças climáticas. O mundo está aquecendo mais rapidamente do que em qualquer outro momento registrado da história.

A geração de energia elétrica e de calor através da queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, é responsável por grande parcela das emissões globais. A maior parte da eletricidade ainda é produzida por combustíveis fósseis. Somente um quarto vem de vento, sol e outras fontes renováveis.

Fábricas e indústrias produzem emissões por causa da queima de combustíveis fósseis para fazer cimento, ferro, aço, eletrônicos, plásticos, roupas e outros bens. Mineração e outros processos industriais também liberam gases.

Derrubar florestas para criar fazendas ou pastos, ou por outras razões, causa emissões, já que as árvores, quando cortadas, liberam o carbono que estavam armazenando. Como as florestas absorvem dióxido de carbono, destruí-las também limita a capacidade da natureza em manter as emissões fora da atmosfera.

A agropecuária libera mais óxido nitroso e metano na atmosfera do que qualquer outra atividade humana. O metano é gerado pela fermentação entérica de bovinos e ovinos, do estrume de animais e pelo cultivo de arroz. O metano é um gás de efeito estufa quase 30 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono.

O óxido nitroso é emitido pela decomposição do nitrogênio no esterco e na urina do gado e quando os nitratos de fertilizantes artificiais reagem com oxigênio do ar. O óxido nitroso é um gás de efeito estufa quase 300 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono.

Em relatório divulgado no mês de abril, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas informa que os três próximos anos são cruciais para manter o aquecimento do planeta dentro da meta firmada por 196 países no Acordo de Paris.

AS BOAS NOTÍCIAS

Enquanto grande parte da humanidade, das lideranças políticas e empresariais ignoram a temática, algumas pessoas, instituições e empresas se mobilizam para chamar atenção para o tema. Ativistas pelo combate às mudanças climáticas iniciaram uma onda de protestos no Dia da Terra em vários países do mundo, como forma de ampliar a consciência das pessoas e exigir mudanças dos nossos governantes.

O Google criou, em parceria com a ONU um Doodle especial para a data. Usando imagens de lapso de tempo reais do Google Earth Timelapse e de outras fontes, o Doodle mostra o impacto das mudanças climáticas em quatro locais diferentes em nosso planeta.

As fotos, tiradas anualmente em cada localidade, comunicam a urgência dos problemas ambientais que devastam os biomas do planeta, como o desmatamento, o derretimento de geleira e a contaminação dos mares. Saiba mais no link abaixo:

O PODEMOS FAZER...

  • São muitas as ações e iniciativas que podemos adotar para fazer a nossa parte para a preservação ambiental:
  • Evitar o uso de plásticos no dia a dia; 
  • Economizar energia em casa;
  • Adotar energia de fontes energéticas sustentáveis, como placas solares; 
  • Reduzir o consumo de roupas, eletrônicos e outros itens; 
  • Fazer a separação do lixo e contribuir para o reaproveitamento e para a reciclagem de materiais;
  • Reduzir o consumo de proteína animal, já que a indústria pecuária tem um enorme impacto ambiental;
  • Comprar produtos de empresas que tenham verdadeiro compromisso com a causa ambiental;
  • Nas eleições deste ano, conhecer a postura dos candidatos em relação ao compromisso ambiental. Pesquisar seus históricos, suas propostas e votar apenas nos candidatos que tenham efetivamente compromisso com a reversão desse quadro. Ter lideranças políticas que compreendem o problema e que estão comprometidos com essa causa é fundamental.

No link abaixo, vídeo de Antônio Guterres, secretário geral das Nações Unidas sobre o Dia da Terra. Recomendo que assistam e compartilhem:

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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