Abrimos a edição especial de final de ano com o texto (de autoria desconhecida e publicado no link acima) para homenagear Iemanjá. Essa divindade, tão conhecida de tantos brasileiros, é lembrada de forma especial na virada do ano. Muitos brasileiros, independentemente de sua fé, fazem oferendas e pedidos de proteção. Jogam suas flores, pulam as sete ondas e fazem seus agradecimentos ao orixá.
Iemanjá (ou Yemanjá) é um orixá feminino (divindade africana) das religiões Candomblé, Umbanda e de outras religiões de matrizes africanas. Seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá (língua nígero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significa “Mãe cujos filhos são como peixes”. É considerada a mãe dos peixes, divindade da fertilidade, da maternidade e das águas dos rios. Protetora das crianças e dos idosos. Padroeira dos pescadores.
É originária de Ibará, região metropolitana da cidade de Abẹ́òkúta, na Nigéria. No Brasil, foi associada ao mar. Na África, a divindade do mar é Olókun (mãe de Iemanjá). Pela imensa extensão litorânea do nosso país, Iemanjá é um dos Orixás mais conhecidos e reverenciados. Os pescadores a cultuam, com lindas procissões de barcos, e associam seu poder à boa pesca e ao mar tranquilo.
O culto à Iemanjá, na virada do ano, nos ensina a tolerância e o respeito às diferentes crenças e religiões. Que a gente inicie o ano sendo mais tolerantes com as pessoas que são diferentes de nós. E que Iemanjá nos proteja no ano está para começar.
Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá. Cultuada e popularizada entre os praticantes das religiões afro-brasileiras, por pescadores e por praticantes de outras religiões, ela inspira inúmeros artistas.
ARTE DE AJ ROMANI
Artista visual, educador e artesão, AJ Romani é morador de Olinda. Especialista em arte e religião pela UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco, ele tem seu trabalho ligado às questões dos ícones culturais e religiosos, ancestralidade e divindades africanas.
MANDALAS DE KERLYN SCHLEI
Artista plástica e terapeuta, Kerlyn Schlei faz o uso da técnica de pintura e pontilhismo. Na imagem, uma mandala dedicada à “Yabá Iemanjá”, que nos evoca para o amor, cuidados de mãe, nutrição afetiva e proteção.
MÁSCARAS AFRICANAS DE IVO CARLOS
O artesão vem realizando um trabalho de divulgação da cultura afro há 3 anos, conquistando clientes no Brasil e em países como Alemanha, Suíça, Nova Zelândia. A intenção de Ivo Carlos é expressar o sagrado, por meio das artes, dos símbolos ritualísticos e aproximar a espiritualidade das pessoas.
ARTE DE AUGUSTINHO
Designer gráfico e artista sergipano, Augustinho se manifestou para a arte desde muito cedo, ainda criança. Hoje, seus traços registram suas vivências e temáticas candomblecistas, sua religião. O artista acredita que é possível, por meio da arte, desmistificar pré-conceitos acerca das religiões afro-brasileiras. "Fazer arte de Orixá não é somente fazer arte, mas garantir a continuidade e reafirmar nossa ancestralidade", afirma o artista.
ARTE DE RITA MUNIZ
A artista e candomblecista, trabalha com ilustração desde 2012, com as temáticas das religiões afro-brasileiras. As Ilustrações surgem da vontade de mostrar a beleza de sua fé e o resgate de tudo aquilo que tentam embranquecer e apagar. Para a artista, em um mundo adoecido e perverso, Orixá e toda essa ancestralidade preta cura, conforta e salva.
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