E jornalista

A Gazeta vira mais uma página e começa uma nova história digital

É a era digital trazendo novas mudanças ao cotidiano das pessoas. E deixando uma ponta de nostalgia nos leitores

Publicado em 27/09/2019 às 13h27
Fachada da Rede Gazeta, prédio da Rede Gazeta. Crédito: Diná Sanchotene
Fachada da Rede Gazeta, prédio da Rede Gazeta. Crédito: Diná Sanchotene

Acompanhei de perto uma grande parte dos 91 anos vividos por A Gazeta. Ouso dizer que são 51 anos juntinho deste jornal porque, mesmo nos tempos em que trabalhava em outra instituição, continuei presente nas páginas de opinião como colaborador. Aqui vivi e vivo ricas experiências e aprendizados pessoais e profissionais em uma época recheada de transformações e inovações.

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Quando cheguei em A Gazeta, em 1968, nossa redação estava instalada em um prédio de três andares, na Rua General Osório, próximo ao Edifício A Gazeta ainda em construção. O jornal era impresso em uma velha máquina plana – a Marinoni – que quase diariamente necessitava de cuidados mecânicos para não parar de vez. No seu mais recente livro – “Vou te contar” – Cariê Lindenberg relembra uma das operações de salvamento da velha combatente, “uma injeção de concreto até aprumá-la” já que ela adernava “em direção ao chão”.

A Marinoni foi substituída por uma moderna Goss Comunity – a primeira impressora off-set do Estado – e o velho prédio de três andares pelo moderno Edifício A Gazeta, em 1969. Na nova sede, as oficinas ocuparam o térreo, a redação e a administração o primeiro andar e o 13º pavimento foi reservado para a Rádio Gazeta, o sonho da época. Ao invés da rádio – que só chegou em 1979 – o 13º andar passou a abrigar, em 1976, a TV Gazeta, afiliada da Rede Globo, abrindo um novo e próspero horizonte para a empresa.

Foi uma época de grandes transformações e inovações, desde a mudança para a composição a frio – aposentando as linotipos –, a instalação do primeiro telex, radiofoto e telefoto do Estado, a construção da nova sede em Bento Ferreira/Monte Belo, a nova impressora Harris, a adição de cores em todas as páginas do jornal, a expansão da rede de rádios, as emissoras de TV em Cachoeiro, Linhares e Colatina, a informatização da redação, o moderno Parque Gráfico da Avenida Carlos Moreira Lima – com a impressora Newsliner de última geração –, o lançamento dos jornais “Notícia Agora” e “Oportunidades Cursos & Concursos”, a criação do Instituto Carlos Lindenberg, a tecnologia digital.

A Rede Gazeta vira, esta semana, mais uma página da sua história. O jornal A Gazeta passa a circular, na versão impressa, aos sábados. Nos outros dias da semana, o leitor terá à sua disposição a versão digital “para acompanhar os novos hábitos de consumo de suas audiências” e “melhor servir às audiências digitais com jornalismo de qualidade multiplataforma e em tempo real”. É a era digital trazendo novas mudanças ao cotidiano das pessoas. E deixando uma ponta de nostalgia nos leitores do jornal impresso. Como eu.

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