A jornalista Karine Nobre traz, semanalmente, análises do mercado automotivo, especulações e novidades do que acontece no setor, no Espírito Santo, Brasil e no mundo.

Emplacamentos de novembro no ES têm leve queda, mas crescem 15% no ano

Menos dias úteis no mês foi apontado como um dos motivos para a queda, mas vendas foram superiores do que o mesmo período de 2022

Vitória
Publicado em 14/12/2023 às 01h58
Atualizado em 14/12/2023 às 01h58
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Foram vendidos 7.410 veículos no mês de novembro, no ES. Crédito: Shutterstock

Os emplacamentos no Espírito Santo tiveram uma queda de 4,46% em novembro. Foram vendidos 7.410 veículos no mês contra 7.756 unidades comercializadas em outubro, segundo dados levantados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e divulgados pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodiv/ES).

Para Augusto Giuberti, presidente do Sincodiv/ES, a quantidade menor de dias úteis em comparação a outubro contribuiu para esse resultado. “Os dias úteis a menos, em função de vários feriados, trouxeram um pequeno impacto no resultado dos emplacamentos de veículos em novembro”, comenta.

Por outro lado, houve um crescimento de 15,77% no acumulado do ano, com 76.150 veículos emplacados, em comparação ao mesmo período de 2022, quando foi registrada a venda de 65.777 unidades. O mesmo se repetiu no comparativo do mês: novembro de 2023 teve 7.410 unidades emplacadas enquanto que novembro de 2022 registrou 6.374 unidades, um crescimento de 16,25%.

“Com isso, o setor fecha em uma retração de -4,46% em novembro sobre outubro, mas segue em alta no acumulado de 15,77% nos últimos 11 meses do ano. Foi observada a queda nas taxas de juros e a melhora no ambiente de crédito para o setor automotivo, devido à redução na taxa de inadimplência”, complementa Giuberti.

Ano foi de crescimento no financiamento de veículos

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As vendas financiadas de veículos somaram 5,3 milhões de unidades no ano. Crédito: Shutterstock

Com a queda das taxas de juros trazendo melhora para o setor de crédito, o financiamento de veículos também começa a dar sinais de crescimento. Segundo dados divulgados pela B3, a bolsa de valores brasileira, as vendas financiadas de veículos em setembro somaram 538 mil unidades, entre novos e usados.

O crescimento foi de 17,8% na comparação com o mesmo período de 2022 e de 0,8% em relação a outubro de 2023. No acumulado do ano, as vendas financiadas de veículos somaram 5,3 milhões de unidades. O número representa alta de 9,1% em relação ao mesmo período de 2022, o que equivale a cerca de 451 mil unidades a mais.

No segmento de autos leves, a alta foi de 18,2% ante novembro do ano passado. Comparado com outubro, o crescimento foi de 3,3%. Já o financiamento de veículos pesados teve alta 17,3% na comparação com novembro de 2022, mas queda de 8,6% em relação a outubro. O número de financiamentos de motos no mês foi 17% maior do que em novembro de 2022, mas 4,4% menor do que em outubro.

Intenção de compra de carro no Brasil é maior que média global

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57% dos brasileiros querem adquirir um veículo eletrificado, valor acima da média global de 55%. Crédito: Shutterstock

A edição mais recente do Índice de Mobilidade do Consumidor, pesquisa realizada pela consultoria EY, mostrou que a intenção de compra de carro do brasileiro é maior do que a média global: 70% contra 44%, respectivamente. Além disso, 64% dos interessados em adquirir um carro no Brasil querem fazer isso dentro de 12 meses e 36% entre 12 e 24 meses.

Outro dado significativo da pesquisa é que 57% dos brasileiros querem adquirir um veículo eletrificado, valor acima da média global de 55%. Entre os motivos de compra estão os altos preços dos combustíveis e as preocupações ambientais, ambos com 46%. Mas o custo de compra inicial (38%), a falta de estação de carregamento (36%) e a infraestrutura inadequada de carregamento (30%) aparecem como as principais preocupações

“É possível notar que os consumidores brasileiros estão mais inclinados a comprar automóveis elétricos devido ao alto custo dos combustíveis e à emissão de gases, mas a falta de infraestrutura e o valor a ser investido ainda são impeditivos”, explica Marcelo Frateschi, sócio da EY especialista no setor automotivo.

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