
A Volkswagen anunciou, nesta quinta-feira (27), que o Tera, o aguardado “SUV do Gol”, vai fazer a sua primeira aparição pública em pleno carnaval do Rio de Janeiro. De acordo com o comunicado da montadora, o SUV compacto vai fazer sua estreia durante o desfile no Sambódromo Marquês de Sapucaí, no próximo domingo, 2 de março. Enquanto isso, a loja da marca no Espírito Santo, já aguarda o modelo, que deve competir, inclusive, com hatches compactos no preço.
“A Vitoriawagen tem grandes expectativas para o Volkswagen Tera, um modelo inédito desenvolvido no Brasil para competir no segmento de SUVs compactos, com preços mais próximos dos hatches compactos. A novidade será um divisor de águas no mercado”, adianta o diretor da Vitoriawagen, Celso Duarte.
A Volkswagen já vinha apresentando o modelo aos poucos, antecipando a sua chegada ao mercado, com postagens em suas redes sociais e, mais recentemente, sua aparição (ainda que “escondido” em um caixa) durante o Rock in Rio, no final do ano passado. O modelo é o quarto de uma ofensiva de 16 novos produtos da marca, planejados até 2028, e chega para rivalizar com os compactos Fiat Pulse e Renault Kardian.
Recentemente, algumas fotos revelaram o visual do SUV por completo, que foi concebido e desenvolvido no Brasil e fabricado na planta de Taubaté (SP). O design do Tera foi criado pela equipe de José Carlos Pavone, Head de Design Américas da Volkswagen.
O modelo terá faróis e lanternas em LED, com a assinatura do DRL com iluminação fracionada, resultando em dois segmentos. As lanternas traseiras trazem uma solução de iluminação encontrada em modelos de categoria superior, como Passat e Tiguan, com duas expressões luminosas distintas na parte de trás: uma luz de posição e outra com a presença de elementos aparentes, que surgem quando o pedal do freio é acionado. O efeito é chamado de “click-clack”.
Montadoras apostam no hidrogênio renovável e em bateria de estado sólido na eletrificação

A Hyundai anunciou a chegada ao Brasil de uma unidade do Nexo, SUV movido a hidrogênio renovável a partir do etanol. O modelo fará testes no campus Capital-Butantã da Universidade de São Paulo (USP). Já a Mercedes-Benz iniciou um programa de testes de bateria de estado sólido para buscar mais eficiência e segurança para modelos eletrificados, patenteando a tecnologia.
Ambos os casos mostram que a busca pela descarbonização continua, mesmo com a decisão de algumas marcas de não desistir do motor a combustão. A iniciativa da Hyundai, por exemplo, será incorporada ao projeto de pesquisa e desenvolvimento para a produção de hidrogênio a partir da reforma do etanol do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa da Universidade de São Paulo (RCGI-USP). Esse centro é onde fica a primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo.
O Nexo já tem 38 mil unidades comercializadas no mundo e oferece 163 cv de potência combinada entre a célula de combustível e o motor elétrico, com autonomia de mais de 660 quilômetros. Com o Nexo no Brasil, o projeto poderá avaliar a pureza do hidrogênio produzido a partir do etanol em aplicação em veículos de passeio com longa autonomia e operação em rotas variadas, expandindo a abrangência dos testes para além do transporte público.

Já a união de forças da Mercedes-Benz com a Factorial Energy resultou no primeiro automóvel com bateria de lítio-metal de estado sólido a rodar nas ruas, uma versão do EQS, no final de 2024. O sistema de baterias foi desenvolvido Mercedes-AMG High Performance Powertrains (HPP), subsidiária da Mercedes-Benz Group especializada em tecnologias de Fórmula 1, e o Centro de Competência em Sistemas de Bateria da Mercedes-Benz.
O modelo elétrico da Mercedes-Benz foi levemente modificado para acomodar a nova bateria e equipado com todos os acessórios necessários para seu funcionamento. A tecnologia tem o potencial de aumentar a densidade de energia gravimétrica das baterias veiculares para até 450 Wh/kg no nível da célula, ampliando, assim, a autonomia dos veículos elétricos.
Segundo a montadora, a bateria de estado sólido utilizada no veículo baseado no EQS proporciona até 25% mais autonomia, mantendo o peso e dimensões de uma bateria convencional do EQS. Além disso, o sistema utiliza resfriamento passivo, reduzindo ainda mais o peso e aumentando a eficiência energética. O veículo experimental deve atingir mais de 1.000 km de autonomia.
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