Estudo do Serviço Geológico do Brasil mostra que 320.862 pessoas moram em áreas de risco de desastres naturais no Espírito Santo. O quantitativo equivale a 7,9% da população capixaba, hoje estimada em 4.018.650, segundo o IBGE. São 68.484 moradias em condições de risco. O levantamento do órgão subordinado ao Ministério de Minas e Energia foi feito entre os anos de 2011 e 2015.
O tipo de desastre que mais ameaça as cidades capixabas é o deslizamento planar (quando sedimentos e rochas, inclusive o solo superficial, se deslocam devido à gravidade, devido ao seu peso próprio, em velocidade rápida), com 59 ocorrências, sendo seguido por enchente/inundação (cinco) e deslizamento (quatro).
Também foram relacionadas as ameaças secundárias e terciárias de desastres que podem ocorrer nos 78 municípios do Espírito Santo. A secundária com mais possibilidade de prejudicar uma cidade é a enchente/inundação (25), e a terciária, queda de blocos (12).
CARIACICA NA LIDERANÇA GERAL
Cariacica é o município com mais pessoas situadas em áreas de risco. Ao todo são 24.115 expostas aos desastres (6,32% da população. O ranking é completado por Guarapari (21.200/16,97% da população), Afonso Cláudio (14.750/48,22%) e Vila Velha (13.965/2,82%).
Mas há casos, em termos proporcionais, mais alarmantes. É o caso de João Neiva, que sofreu com as fortes chuvas na noite de quarta (22) e madrugada de ontem (23). Nada menos que 59,73% de sua população está sujeira aos desastres naturais (9.820 dos 16.688 moradores).
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Curiosamente, três cidades do Nordeste capixaba não têm nenhum morador/domicílio em áreas de risco. São elas: Ponto Belo, Mucurici e Pinheiros.
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