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Bisneto da Princesa Isabel, príncipe que visitou o ES morre aos 74 anos

Se a Monarquia fosse restaurada, ele seria o segundo na linha sucessória imperial brasileira

Vitória
Publicado em 08/11/2024 às 12h39
Atualizado em 08/11/2024 às 13h09
Dom Antônio em visita ao Convento da Penha, em outubro de 2019
Dom Antônio em visita ao Convento da Penha, em outubro de 2019. Crédito: Ricardo Martinelli de Medeiros

Morreu no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (8), aos 74 anos, o príncipe dom Antônio de Orleans e Bragança, neto da Princesa Isabel e atualmente o segundo na linha sucessória imperial brasileira. Dom Antônio estava internado desde agosto, com problemas respiratórios, na Casa de Saúde São José. O velório será realizado na igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Glória, Zona Sul do Rio.

Nascido na capital fluminense em 1950, o herdeiro da família imperial deixa a viúva, dona Christine de Ligne de Orleans e quatro filhos, dom Pedro Luiz e dom Rafael, dona Amélia e dona Maria Gabriela de Orleans e Bragança.

No final de outubro de 2019, o príncipe visitou o Espírito Santo. Em Vitória, ele assistiu a uma missa do rito tradicional tridentino (em latim), na Igreja de São Gonçalo, no Centro, e participou, como palestrante principal, do 1º Encontro Monárquico do Estado. Dom Antônio também visitou o Convento da Penha, em Vila Velha.

Dom Antônio assiste à missa tridentina (em latim), na Igreja de São Gonçalo, no Centro de Vitória
Dom Antônio assiste à missa tridentina (em latim), na Igreja de São Gonçalo, no Centro de Vitória. Crédito: Facebook/Divulgação

Em entrevista a este colunista na ocasião, o sucessor da Casa Imperial Brasileira disse que tinha esperanças de que a Monarquia fosse restaurada no Brasil. “Só Deus sabe quando a restauração se dará, mas tenho muita fé que será em breve”, disse dom Antônio. “A República chegou ao fundo do poço”, acrescentou.

O Círculo Monárquico do Espírito Santo, que organizou a visita do príncipe ao Estado há cinco anos, se manifestou em nota oficial sobre a morte de dom Antônio.

“Com seu recente falecimento, nós, do Círculo Monárquico do Espírito Santo, lamentamos profundamente a perda desse nobre defensor de nossa história. Dom Antônio deixará uma marca indelével em todos os que com ele puderam compartilhar momentos de reflexão e aprendizado. Esta nota serve como um tributo à sua memória e um reconhecimento pelo seu inestimável legado ao nosso país”, diz a mensagem assinada por Ricardo Martinelli de Medeiros, chanceler do Círculo Monárquico do Espírito Santo.

Dom Antônio cumprimenta fiéis e admiradores da Monarquia do lado de fora da Igreja de São Gonçalo
Dom Antônio cumprimenta fiéis e admiradores da Monarquia do lado de fora da Igreja de São Gonçalo. Crédito: Márcio de Oliveira Jorge

Em nota, a Casa Imperial do Brasil confirmou o falecimento de Dom Antônio e pediu orações: “Profundamente consternado, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, a todos encarece orações em sufrágio da alma de seu dileto e sempre leal irmão.”

Nota de pesar do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro, cidade onde o príncipe nasceu, em 1950
Nota de pesar do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro, cidade onde o príncipe nasceu, em 1950. Crédito: Instagram/Divulgação

Se a monarquia estivesse em vigor no Brasil, o príncipe seria o irmão mais velho de dom Antônio e chefe da Casa Imperial do Brasil, dom Bertrand de Orleans e Bragança.

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