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Morre, aos 81 anos, o homem que dedicou a vida a estudar o ES

Vítima de parada cardiorrespiratória e infarto agudo do miocárdio, professor aposentado da Ufes, historiador e escritor era um especialista no Estado onde nasceu e que amava

Vitória
Publicado em 18/12/2024 às 15h38
Gabriel Bittencourt tinha vasta produção intelectual
Gabriel Bittencourt tinha vasta produção intelectual. Crédito: BPES

“Uma perda imensurável para a cultura do Espírito Santo neste ano de 2024.” As palavras de Getúlio Neves, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do ES (IHGES), resumem à perfeição o que representa a morte do professor Gabriel Bittencourt, que faria 82 anos neste sábado (21).

Bacharel em Direito, professor de História na Ufes, pesquisador da História Econômica do Espírito Santo, Bittencourt, que morreu nesta quarta-feira (18), vítima de parada cardiorrespiratória e infarto agudo do miocárdio, era um especialista no Estado onde nasceu e que amava.

Nascido em Cachoeiro de Itapemirim em 21 de dezembro de 1942, Gabriel Bittencourt era um “capixabólogo” por excelência: “Ele tem grande importância para a historiografia do Espírito Santo, iniciando sua carreira quando da modernização metodológica dos estudos históricos locais”, lembra Getúlio Neves.

A contribuição do professor aposentado da Ufes à cultura capixaba se expressa nas inúmeras atividades públicas exercidas por Bittencourt. Bacharel em Direito, além de professor de História na Ufes, foi pesquisador da História Econômica do Espírito Santo e dedicou-se a temas como eletrificação, industrialização e imigração.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Espírito-santense de Letras, que presidiu, e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, de que foi presidente de honra.

“Gabriel Bittencourt pertence à geração pioneira dos historiadores do Espírito Santo que foram para fora do Estado estudar e fazer mestrado e doutorado. Ele se dedicou muito a pesquisar em arquivos públicos e explorou temas importantes para a nossa historiografia, como o café, tema do primeiro livro dele, a industrialização e os estudos dos grandes projetos industriais no Estado”, enumera Fernando Achiamé, escritor, historiador e confrade de Bittencourt na Academia de Letras do ES e no IHGES.

Gabriel Bittencourt deixou vários livros escritos sobre a história econômica do Espírito Santo, sendo um intelectual de referência nesta área.

O corpo dele será velado nesta quinta-feira (19), das 11h às 15h, no Memorial House, em Santa Lúcia, Vitória, e será sepultado no mesmo dia, às 16h, no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha.

Gabriel Bittencourt fez história e seu nome já está imortalizado nas Letras e na Cultura do Espírito Santo. Portanto, fica na história também.

Vá na paz, professor!

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