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Morre, aos 98 anos, dono de restaurante que fez história em Vila Velha

Empresário comandou casa famosa pelas moquecas, pelos frutos do mar e pela comida nordestina

Vitória
Publicado em 05/07/2024 às 17h54
Seu Vadinho foi dono, por mais de 50 anos, do restaurante Recanto Baiano
Seu Vadinho foi dono, por 46 anos, do restaurante Recanto Baiano. Crédito: Divulgação

Na dúvida entre a moqueca baiana e a capixaba, ele era pragmático: ficava com as duas. E foi assim, servindo as duas iguarias rivais, além de frutos do mar e comidas nordestinas, que o empresário Valdomiro Vieira, mais conhecido como seu Vadinho, marcou a história da gastronomia de Vila Velha com o restaurante Recanto Baiano.

Seu Vadinho, de 98 anos, morreu nesta sexta-feira (5) de madrugada, vítima de uma pneumonia, e foi sepultado à tarde no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta. Deixa mulher, duas filhas, dois filhos e uma legião de admiradores.

Além das delícias do mar, a cozinha do restaurante também seduzia seus frequentadores com a carne-de-sol de picanha com pirão de leite, prato tipicamente nordestino que até hoje está na memória afetiva de muita gente.

Simpático e carismático, era um restaurateur que recebia os clientes na porta e conhecia a maioria pelo nome, fruto de uma longa caminhada que teve início em 1972, quando abriu o Recanto Baiano na Praia da Costa. Natural do interior da Bahia, onde nasceu no dia 22 de março de 1926, seu Vadinho tinha acabado de deixar seu Estado natal e logo se apaixonou por Vila Velha.

Sorte da cidade, sorte dos capixabas. Depois de 40 anos, em 2012, o Recanto Baiano mudou de endereço e foi para a Praia de Itaparica, onde ficou durante seis anos até fechar definitivamente as portas e entrar para a história da gastronomia canela-verde.

E lembre-se: moqueca é capixaba, mas comida boa, em Vila Velha, sempre teve a marca de um baiano. A marca do seu Vadinho, o mais capixaba dos baianos.

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