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OAB-ES denuncia que advogada foi seguida e intimidada; polícia investiga

Ordem diz que um rastreador foi colocado no carro da profissional logo depois de ela deixar um presídio, onde foi a trabalho

Vitória
Publicado em 10/03/2025 às 15h38
Os advogados Erica Neves e Fábio Marçal (de terno) acompanham o trabalho da perícia da polícia
Os advogados Erica Neves e Fábio Marçal (de terno) acompanham o trabalho da perícia da polícia. Crédito: OAB-ES/Divulgação

A Comissão de Prerrogativas da OAB-ES, acompanhada pela presidente da Ordem, Erica Neves, atuou para proteger as prerrogativas de uma advogada criminalista que teria sido seguida por dois veículos, garantindo que as providências cabíveis fossem tomadas.

O caso teve início na sexta-feira, dia 7, quando a advogada deixou um presídio e percebeu que estava sendo seguida por dois veículos. Diante da situação, ela decidiu parar em um shopping no município da Serra e entrou em contato com outros colegas, que permaneceram por perto e a orientaram a estacionar o carro e sair do veículo.

Os advogados presenciaram o momento em que um dos indivíduos se aproximou do automóvel da advogada e instalou um equipamento de rastreamento embaixo do veículo. Também afirmaram se tratar de policiais, e se colocaram à disposição para fazer reconhecimento se necessário.

Diante da situação, a advogada acionou a Comissão de Prerrogativas e dirigiu-se imediatamente à delegacia, onde registrou um Boletim de Ocorrência (BO).

Neste sábado, dia 8, a perícia foi realizada na presença da advogada vítima, da presidente da Ordem, do presidente da Comissão de Prerrogativas, Glauco Reis, e do secretário adjunto da Comissão, Fábio Marçal. Na ocasião, o equipamento de rastreamento foi identificado e ficou em poder das autoridades competentes.

CASO ESTÁ NA CORREGEDORIA DE POLÍCIA

O caso está sendo tratado pela Corregedoria da Polícia Civil, e a OAB-ES seguirá acompanhando de perto o desdobramento das investigações, pois, segundo a Ordem, trata-se de uma violação gravíssima contra a advocacia.

Há suspeitas de que o rastreador tenha sido colocado para monitorar a advogada e, possivelmente, localizar seu cliente. Essa conduta, de acordo com a OAB-ES, além de afrontar as prerrogativas profissionais, representa um risco à segurança dos advogados no exercício de sua função.

"O respeito às prerrogativas da advocacia é essencial para a garantia do Estado Democrático de Direito. Este fato é gravíssimo! Nenhum advogado pode ser alvo de perseguição ou qualquer tipo de intimidação no exercício de sua profissão. A OAB-ES atuará firmemente para que este caso seja devidamente apurado e os responsáveis punidos", afirmou Erica Neves.

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