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Afastado, juiz do ES é alvo de mais um processo administrativo

PAD pode ser arquivado ou resultar em punições que vão de advertência a aposentadoria compulsória

Vitória
Publicado em 25/11/2022 às 08h45
Data: 27/12/2019 - ES - Vitória - Fachada da sede do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo - Editoria: Política - Foto: Carlos Alberto Silva - GZ
Sede do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, em Vitória. Crédito: Carlos Alberto Silva

O juiz de Direito Valeriano Cezario Bolzan, da Comarca de Venda Nova do Imigrante, vai responder a mais um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) julgou uma Reclamação Disciplinar contra o magistrado nesta quinta-feira (24).

A votação ocorreu a portas fechadas, sob sigilo, mas a coluna apurou que a decisão foi pela instauração de uma investigação contra o juiz, a segunda em uma semana. Na quinta-feira passada (17), o TJES determinou a abertura do primeiro PAD e o afastamento de Valeriano Bolzan do cargo enquanto as apurações estiverem em andamento.

Uma Reclamação Disciplinar é uma investigação preliminar, conduzida pela Corregedoria-Geral da Justiça, que propõe ou não ao Pleno – formado por todos os desembargadores – a abertura de um PAD.

O processo administrativo é uma apuração mais aprofundada. Ao final, o PAD pode ser arquivado ou resultar em punições que vão de advertência a aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. 

O PRIMEIRO PAD

O julgamento das reclamações disciplinares tem ocorrido sob segredo de Justiça, assim como a tramitação do processo.

O PAD aberto na quinta-feira passada foi instaurado oficialmente no último dia 22, com publicação de portaria assinada pelo presidente do TJES, Fabio Clem de Oliveira. De acordo com o texto, o processo vai verificar a "eventual responsabilidade" de Valeriano Cezario Bolzan "pela prática de faltas funcionais, as quais, em tese, caracterizam violação aos deveres funcionais" previstos em trechos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Código de Ética da Magistratura. 

O exato teor das suspeitas permanece em sigilo. 

O QUE DIZ A DEFESA

A coluna entrou em contato com a defesa do juiz Valeriano Bolzan, mas, até a publicação deste texto, não houve retorno.

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TJES Judiciário Letícia Gonçalves

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