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Agora, Erick Musso declara apoio a Bolsonaro

Presidente da Assembleia Legislativa disputou o Senado pelo Espírito Santo e ficou em terceiro lugar. Até esta quinta (06), ele não havia manifestado o voto pra presidente da República

Vitória
Publicado em 06/10/2022 às 19h58
Erick Musso, candidato ao Senado pelo Republicanos, votou às 9h50 no Colégio Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, acompanhado da esposa, Mayara Musso.
Erick Musso vota no Colégio Primo Bitti, em Aracruz, no primeiro turno. Crédito: Divulgação/Assessoria Erick Musso

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Erick Musso, é filiado ao Republicanos, partido que faz parte da base aliada ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar foi pré-candidato ao governo do estado e, em julho, numa grande reviravolta, passou a ser candidato ao Senado.

Na mesma noite em que anunciou que disputaria uma cadeira no Congresso Nacional, Erick foi questionado sobre quem apoiaria nas corridas pela Presidência da República e pelo Palácio Anchieta. A resposta foi: "Vou pedir votos para o Senado".

O Republicanos coligou-se ao União Brasil, presidido no estado pelo deputado federal Felipe Rigoni, ao PSC e ao Patriota. Mas a parceria foi apenas para o Senado. Oficialmente, o grupo não endossou ninguém para cargos no Executivo. Os filiados foram liberados para se posicionar como quisessem. Erick não o fez. 

Aliás, nem Rigoni. Somente na terça-feira (4) ele declarou voto no governador Renato Casagrande (PSB), que enfrenta Manato (PL) no segundo turno.

Rigoni também chegou a ser pré-candidato ao governo. Acabou disputando a Câmara dos Deputado novamente e não foi eleito. 

Erick ficou em terceiro lugar para o Senado, com 337.642 votos (17,25%). 

Já nesta quinta (6), o presidente da Assembleia foi às redes sociais e escreveu que "um líder não pode deixar de se posicionar num momento como este que estamos vivendo no Brasil".

"Declaro meu apoio ao presidente Jair Bolsonaro na sua caminhada à reeleição. É inadmissível permitir que o PT, que liderou o maior escândalo de corrupção da história do Brasil volte ao poder", continuou. O adversário de Bolsonaro no segundo turno é o ex-presidente Lula (PT).

O governo Bolsonaro também vive às voltas com escândalos de corrupção. 

A coluna quis saber se o apoio ao presidente da República se estende ao candidato do PL ao governo do Espírito Santo. Erick não respondeu.

Ao final do texto que publicou no Instagram, ele deixou uma dica: "Estou ao lado do presidente Bolsonaro e de todos os homens e mulheres de bem do Brasil que estão nessa trincheira para barrar essa aberração produzida pela velha política".

Erick Musso e Jair Bolsonaro
Erick Musso e Jair Bolsonaro. Crédito: Reprodução

Esta quinta foi dia de outro anúncio, protagonizado pelo ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos, que concorreu ao Palácio Anchieta e ficou em quarto lugar.

Audifax se postou ao lado de Manato e até saiu da Rede, partido que ele comandava no estado e cuja direção nacional decidiu ficar com Casagrande.

O ex-prefeito estava com tudo pronto para começar a trabalhar na Câmara de Vitória, após convite feito pelo futuro presidente da Casa, Armandinho Fontoura (Podemos). A movimentação foi alinhavada com o prefeito da Capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que colocou Audifax à disposição do Legislativo municipal. O ex-prefeito é servidor efetivo da prefeitura.

O quase ex-redista avalia se vai mesmo dar expediente na Câmara depois do título de uma notícia que diz que ele vai "ganhar um cargo na Câmara" após perder a eleição, o que repercutiu mal. "Isso não é verdade", rebateu. O ex-prefeito afirmou que seria apenas cedido ao Legislativo, sem ônus, e sem ocupar função comissionada, como a coluna já havia registrado.

Independentemente de ir ou não para a Câmara de Vitória, a coluna quis saber sobre a aproximação entre Audifax e Pazolini. O ex-prefeito da Serra ressaltou que tem uma postura de independência. "Mas provavelmente vou conversar com essas pessoas que estão apoiando Manato", complementou. Ou seja, já sinalizou de que lado o Republicanos deve ficar.

A assessoria de Audifax considera até que Erick já declarou apoio a Manato, embora o presidente da Assembleia não tenha citado o nome do candidato ao governo ao pedir votos para Bolsonaro.

BOLSOGRANDE

Alguns aliados do governador Renato Casagrande que disputaram vagas de deputado estadual e federal também decidiram, somente agora, pedir votos explicitamente para Bolsonaro. E ainda juntando as fotos do socialista e do presidente da República.

SENADO X PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Quem endossou Bolsonaro desde o primeiro turno, até baseou a campanha para o Senado praticamente toda nisso, foi o ex-senador Magno Malta (PL). Ele obteve sucesso, vai voltar ao Congresso.

Rose de Freitas (MDB), que ficou em segundo lugar, inicialmente estava com a correligionária Simone Tebet. No segundo turno, assim como Tebet, declarou voto em Lula.

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