O ex-secretário de Segurança Pública coronel Alexandre Ramalho (Podemos) se disse injustiçado ao ser barrado pelo próprio partido de disputar o Senado pelo Espírito Santo.
Como consequência, pensou em largar a política partidária, não participar do pleito. E foi além. Em entrevista à coluna, afirmou que iria pensar em si mesmo e não garantiu que iria subir no palanque do governador Renato Casagrande (PSB), candidato à reeleição.
Nesta quinta-feira (11), no entanto, o militar da reserva da PM anunciou que vai disputar uma cadeira de deputado federal, como queria o Podemos.
Uma conversa com Casagrande, na segunda-feira (8), ajudou. Agora, o ex-secretário diz que vai estar ao lado do chefe do Executivo estadual na campanha.
“Ele foi um incentivador para eu continuar nesse projeto. Ele vai ajudar, politicamente, naquilo que ele puder”, contou Ramalho.
O governador tem um amplo leque de aliados, que pode ajudar Ramalho a pedir votos, apesar de ter chegado “atrasado” na corrida pela Câmara dos Deputados.
Até então ele fazia uma pré-campanha para o Senado e muitas lideranças políticas já se comprometeram com outros candidatos.
Mas o coronel também elogia a gestão de Casagrande, da qual participou, para justificar o apoio ao socialista.
“Estive dentro do projeto do governador. Nunca vi um governador que investisse tanto na segurança. Meu propósito é estar junto com ele na campanha”, afirmou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), que virou candidato a senador após uma reviravolta, quer o apoio de Ramalho.
“Não pensei em relação ao Senado. Nada concreto”, respondeu o coronel quando questionado sobre o deputado estadual.
O ex-secretário optou pela Câmara porque, na Assembleia, não teria como propor alterações na legislação penal, sua principal bandeira.
“Não teria outro espaço para lutar pela bandeira da segurança pública. Essa pauta não é dentro do estado. Mesmo que eu não seja eleito, terei a possibilidade de discutir”, complementou.
O coronel é defensor de leis mais rigorosas como principal medida para combater o crime. Além de casagrandista, ele é apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
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