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Casagrande entra de vez na campanha de Weverson na Serra

Governador já havia apoiado o candidato do prefeito Sérgio Vidigal, mas agora foi às ruas pedir votos para o aliado. É o movimento mais arriscado do socialista na Grande Vitória

Vitória
Publicado em 12/09/2024 às 20h59
Weverson Meireles e Renato Casagrande
Bruno Lamas, Weverson Meireles, Renato Casagrande e Sérgio Vidigal. Crédito: Arjuna Melo/Divulgação

O governador Renato Casagrande (PSB) já havia dito à coluna que, entre os candidatos a prefeito que apoiaria diretamente em 2024, com participação na campanha eleitoral, estava Weverson Meireles (PDT), da Serra. E, de fato, o pupilo do prefeito Sérgio Vidigal (PDT) contou, nesta quinta-feira (12), com a presença do governador nas ruas e no trio elétrico em que pedia votos aos eleitores da cidade.

Na convenção municipal do PDT que confirmou a candidatura de Weverson, no inicio de agosto, um vídeo em que Casagrande endossa a candidatura do pededista foi exibido. Desta vez, o chefe do Executivo estadual participou diretamente, e ao vivo, do esforço para levar o candidato de Vidigal ao segundo turno.

É o movimento mais arriscado que Casagrande faz, eleitoralmente, na Grande Vitória. As chances de Weverson Meireles ir para o segundo turno são reais. Como a pesquisa Ipec mostrou, o pedetista está vivo no jogo. Mas, se conseguir chegar lá, ele ainda vai ter que superar o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que lidera a corrida.

O governador também apoia a reeleição de Arnaldinho Borgo (Podemos), em Vila Velha, e de Euclério Sampaio (MDB), em Cariacica. Só que de forma muito mais confortável, já que Arnaldinho tem 75% das intenções de voto e Euclério, 65%. Ou seja, têm tudo para vencer ainda no primeiro turno, e com folga.

Em Vitória, Casagrande ainda não entrou em campo, embora, nos bastidores, apoie, ao mesmo tempo, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e João Coser (PT). 

"São raras as campanhas que eu participo porque, em muitos locais, eu tenho mais de um aliado que é candidato e eu tenho que preservar, proteger o governo. Mas aqui na Serra, desde o primeiro momento, ainda quando o prefeito Sérgio Vidigal não tinha definido a posição dele, se ele seria candidato ou se indicaria o Weverson, eu já tinha manifestado a minha opinião de estar no projeto liderado pelo Vidigal", afirmou o governador, nesta quinta.

"Não é um apoio oculto, é um apoio aberto", acrescentou.

Renato Casagrande (PSB)

Governador do Espírito Santo

"Dia 6 de outubro é 12 (número de urna de Weverson) para a gente poder proteger e preservar esta cidade maravilhosa e bela"

Na Serra, o PT, assim como em Vitória, tem candidato a prefeito. É o ex-deputado estadual Roberto Carlos. O Partido dos Trabalhadores é aliado do governo estadual, mas, é verdade, desde o início Casagrande esteve ao lado de Vidigal e, por tabela, de Weverson.

O candidato pedetista foi secretário de Turismo da gestão Casagrande.

O ex-secretário assumiu a missão de concorrer à prefeitura da Serra depois que Vidigal decidiu não disputar a reeleição, mas, na prática, parece até que o prefeito é candidato, de tanto que participa da campanha do pupilo.

E é graças a isso que Weverson mantém-se competitivo. Ele não é muito conhecido pelos eleitores da Serra e nunca disputou um cargo eletivo, enquanto Vidigal está no quarto mandato à frente do Executivo municipal.

Em 2020, Weverson Meireles chegou a ser anunciado pelo PDT como pré-candidato a prefeito de Vitória, mas a iniciativa não vingou e o partido apoiou Fabrício Gandini (na época, filiado ao Cidadania) naquele ano na Capital.

Não ter um histórico político na cidade rende ao pedetista a pecha de "forasteiro", mas também o ajuda. Ele tem a menor rejeição entre os candidatos a prefeito da cidade.

Casagrande, agora, entrou de vez na investida para conquistar mais votos para o aliado.

Weverson tem alertado na campanha sobre o risco que seria ter "um prefeito que faz oposição ao governador". A menção indireta é a Audifax, que disputou o Palácio Anchieta em 2022 e fez duras críticas à administração estadual.

O ex-prefeito, porém, afirmou, durante sabatina realizada por A Gazeta e CBN Vitória, que, no dia seguinte à eleição, a primeira coisa que pretende fazer é telefonar para Casagrande, num gesto político de conciliação.

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