A ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva (Rede) vem ao Espírito Santo nesta quinta-feira (27) pedir votos para o ex-presidente Lula, que disputa o Palácio do Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marina é um dos reforços no palanque do petista, que ganhou adesões dos mais diversos espectros políticos, do fundador do partido Novo, o banqueiro João Amoêdo, ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos (PSol).
A frente ampla dá-se mais por oposição a Bolsonaro que por adesão a pautas de Lula, que já flexibiliza algumas bandeiras e promete que o governo dele, se eleito, "vai ser além do PT (...) um governo do povo brasileiro".
No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) também montou uma frente ampla, que inclui a Rede de Marina Silva, federada com o PSol, e o PP, partido que integra a base de Bolsonaro.
Mas, na quinta-feira, o socialista não vai se encontrar com a ex-ministra.
De acordo com a assessoria da campanha do candidato à reeleição, houve um conflito de agendas. Quinta é o dia do debate entre Casagrande e o ex-deputado federal Carlos Manato (PL) na Rede Gazeta. O governador vai passar o dia se preparando para o confronto.
Outra apoiadora de Lula, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que disputou a Presidência da República no primeiro turno, já gravou vídeo pedindo votos para o governador do Espírito Santo. Assim como Marina, ela tem percorrido o país com o petista. Mas, desta vez, não vem ao Espírito Santo.
A estratégia, de acordo com o coordenador da campanha de Lula no Espírito Santo, Genivaldo Lievore (PT), é que Marina fale ao eleitorado evangélico – ela é da igreja Assembleia de Deus – e às mulheres.
Marina vai participar de uma celebração ecumênica às 17h30. Já às 19h, vai integrar um ato político a favor da democracia. Os dois eventos, segundo Lievore, vão ocorrer na Praça dos Desejos, no bairro Santa Helena, em Vitória.
CASAGRANDE E LULA
Casagrande já declarou voto em Lula, mas não se engaja na campanha do ex-presidente. Como entre os apoiadores do socialista há eleitores de Bolsonaro, o governador adotou o discurso de que "quer unir a esquerda e a direita".
Quando o então candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) esteve no Espírito Santo, em setembro, Casagrande também não se encontrou com ele.
O pedetista passou pouco tempo em terras capixabas, discursou por dez minutos em uma praça da Serra antes de seguir para compromissos em outros estados.
O governador, na ocasião, estava em agenda de campanha em Viana. Ciro aproveitou para pedir que os capixabas reelejam o socialista.
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