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Curtas políticas: a volta dos que não foram

E mais: presidente de partido ganha cargo no governo Casagrande; o que aliados do socialista pensam sobre Contarato; uma estratégia do PP

Vitória
Publicado em 14/04/2022 às 07h24
Prédio da Prefeitura de Vitória.
Prédio da Prefeitura de Vitória. Crédito: Fábio Vicentini/Arquivo

Secretários municipais que foram exonerados, a pedido, para que pudessem disputar as eleições deste ano estão de volta à administração em Vitória. Mas não nos antigos cargos.

Pela legislação eleitoral, secretários devem se desincompatibilizar até seis meses antes do pleito, mas quem ocupa cargo comissionado comum, sem a função de ordenar despesas, tem mais três meses de sobrevida e pode ficar no serviço público até o dia 2 de julho.

Assim alguns ex-secretários foram nomeados como assessores. É o caso do ex-titular da Secretaria de Segurança Urbana Ícaro Ruginski. No mesmo dia em que foi publicada a exoneração dele foi registrada a nomeação como assessor especial na Secretaria de Governo. 

Na nova função,  Ruginski ainda se pronuncia sobre ações da Guarda de Vitória, por exemplo ao divulgar informações sobre operações e apreensões, oficialmente em nome da administração municipal. Assim, mantém certa visibilidade. Ele é pré-candidato a deputado federal pelo PSC.

Já nesta quarta-feira (13) a ex-secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho Neuzinha de Oliveira foi nomeada assessora adjunta na Secretaria de Governo. Ela é pré-candidata a deputada federal pelo PSDB.

A ex-diretora da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação Luzia Toledo também ganhou nova função. Desde esta quarta-feira ela também é assessora adjunta na Secretaria de Governo. Luzia é pré-candidata a deputada estadual pelo Republicanos.

PRESIDENTE DO AVANTE GANHA CARGO

Por falar em cargos, o presidente estadual do Avante, Marcel Carone, foi nomeado assessor especial na Casa Civil do governo Renato Casagrande (PSB). É a mesma função para a qual foi designado, no final de março, o ex-deputado federal Ted Conti (PSB). Depois, ele desistiu de assumir o posto. O salário é de R$ 9,6 mil brutos.

MELHOR IR E TCHAU

Aliados de Casagrande avaliam que seria melhor o senador Fabiano Contarato (PT) disputar o governo do estado contra o socialista do que atrair o PT para aliança pela reeleição. A vantagem estaria em manter o partido distante. "O PT tem uma imagem muito ruim e isso (a parceria com os petistas) faria muito mal à imagem do Renato", avalia o deputado federal Neucimar Fraga (PP), que é bolsonarista.

Como a coluna mostrou, o PSB tenta convencer o PT a não lançar o senador na disputa pelo Palácio Anchieta. Os dois partidos já estão juntos numa aliança nacional.

CORRIDA PELO SENADO

O PP, aliás, está envolvido em outra corrida, pelo Senado. O deputado federal Da Vitória filiou-se recentemente à legenda, egresso do Cidadania. Ele é casagrandista de carteirinha e o partido pretende emplacá-lo como candidato a senador na chapa do socialista. Conversas, por enquanto restritas a integrantes do PP, vão ser intensificadas nesta semana, inclusive em Brasília, com o objetivo de tornar mais competitivo o nome de Da Vitória.

O deputado já disse que é pré-candidato à reeleição, mas isso pode mudar.

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