Este é um espaço para falar de Política: notícias, opiniões, bastidores, principalmente do que ocorre no Espírito Santo. A colunista ingressou na Rede Gazeta em 2006, atuou na Rádio CBN Vitória/Gazeta Online e migrou para a editoria de Política de A Gazeta em 2012, em que trabalhou como repórter e editora-adjunta

Curtas políticas: Luiz Paulo diz que Datena "nem deveria ser candidato"

Veja também: Casagrande fez Coser ficar triste; Pazolini repete incerteza sobre o futuro; candidatos do PT omitem vermelho; e Meneguelli, hein?

Vitória
Publicado em 26/09/2024 às 03h00
Luiz Paulo Vellozo Lucas, em entrevista à TV Gazeta
Luiz Paulo Vellozo Lucas, em entrevista à TV Gazeta. Crédito: TV Gazeta

Candidato a prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) defendeu, em entrevista à TV Gazeta, nesta quarta-feira (25), que a disputa entre PT e PSDB, que antecedeu à polarização entre petistas e bolsonaristas, era bem melhor: "Tem muita gente tendo saudade do tempo que a disputa era do PSDB contra o PT. Era mais saudável, eram disputas mais programáticas do que na base da cadeirada".

Quem levou cadeirada, no último dia 15, foi Pablo Marçal (PRTB), durante debate realizado entre candidatos a prefeito de São Paulo. Ok, Marçal provocou, mas quem partiu para a violência física foi o tucano José Luiz Datena. 

A apresentadora do Gazeta Meio-Dia, Rafaela Marquezini, que entrevistou Luiz Paulo, lembrou-o deste "detalhe".

O candidato a prefeito de Vitória, então, revelou que, por ele, Datena nem disputaria em São Paulo. 

"Acho horrível. Por mim, ele nem seria o candidato do partido".

Luiz Paulo, que é membro suplente da Executiva nacional do PSDB, contou que era favorável ao partido indicar um nome para ser vice de Tabata Amaral (PSB) na corrida pela prefeitura paulistana. Nome este que não seria o de Datena.

CASAGRANDE FEZ COSER FICAR TRISTE

Na terça-feira (24), o entrevistado da TV Gazeta foi João Coser (PT), também candidato a prefeito de Vitória. Nos bastidores, é patente o descontentamento do petista com o fato de o governador Renato Casagrande (PSB) não participar diretamente da campanha dele e com a participação do PSB na coligação de Luiz Paulo. Casagrande está e não está, ao mesmo tempo, nos palanques de Coser e do tucano, mas não pede votos aos eleitores nem para um nem para outro.

"Nós apoiamos muito o governador na eleição (de 2022) e até esperávamos o apoio dele, mas o PSB decidiu ficar na aliança com o Luiz Paulo, então ele nem pode declarar apoio a mim. Eu queria que o governador estivesse na campanha, de fato. Não é uma decepção, mas eu fiquei triste", admitiu o petista, ao vivo.

"Se nós tivéssemos o PSB com a gente, o governo do estado, o governo federal, nossa candidatura ficaria muito mais fortalecida. Isso é um dificultador da minha campanha, mas não me aborrece, vou fazer minha parte. Não sou muito de reclamar, não", acrescentou Coser.

MAS LUIZ PAULO ESTÁ FELIZ

Luiz Paulo, por sua vez, voltou a afirmar que está satisfeito com o posicionamento do governador, mas mudou um pouco a forma de tratar do assunto. Em sabatina realizada por A Gazeta e CBN Vitória, no último dia 4, o tucano defendeu que Casagrande não use o poder que tem por ser governador para interferir em pleitos municipais.

Já nesta quarta, considerou que Casagrande está no palanque dele e que o governador gravar ou não um vídeo a ser exibido na propaganda eleitoral é um detalhe. O tucano ponderou que, por ser chefe do Executivo estadual, o aliado tem algumas restrições.

O candidato do PSDB até destacou que esteve junto com Casagrande numa corrida de carrinhos de rolimã no Bairro da Penha, no domingo (22).

O FUTURO A DEUS PERTENCE

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), entrevistado da última segunda-feira (23), por sua vez, voltou a não se comprometer a cumprir o mandato até o final, caso seja reeleito.

Na convenção municipal do Republicanos, no dia 2 de agosto, Pazolini já havia sido questionado sobre o que pretende fazer em 2026. Se, por exemplo, ele quiser disputar o governo do Espírito Santo, vai ter que renunciar ao cargo de prefeito.

Nas duas ocasiões, deu a mesma resposta: "Não sabemos o que vai acontecer amanhã".

CASADINHO

É muito cedo para prevermos se Pazolini vai ou não suceder Casagrande. Mas, voltando ao ano de 2024 e à participação do governador nas eleições municipais, não é segredo que o governador apoia abertamente a reeleição do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos).

Na segunda-feira à noite, a dobradinha CasaDinho materializou-se em um evento de campanha. O governador subiu, literalmente, no palanque do aliado.

Casagrande fez a mesma coisa em Viana, ao lado do prefeito e candidato à reeleição Wanderson Bueno (Podemos).

Renato Casagrande e Arnaldinho Borgo
Renato Casagrande e Arnaldinho Borgo. Crédito: Instagram/@arnaldinhoborgo

Já uma menção improvável ao governador ocorreu na terça-feira durante o debate entre os candidatos a prefeito de Cariacica. Euclério Sampaio (MDB), que disputa a reeleição, não compareceu e foi criticado pelos adversários Célia Tavares (PT) e Ivan Bastos (PL).

Até que o candidato do PL afirmou que o atual prefeito surfa na onda dos investimentos feitos pelo governo estadual na cidade. Essa é uma crítica recorrente a Euclério, mas é curioso que justamente o candidato do PL tenha mencionado isso, afinal, o PL faz oposição a Casagrande. Indiretamente, Ivan admitiu que a gestão estadual faz bem ao município.

A IDEOLOGIA DO FOLCLORE NÃO AVERMELHOU

Os quatro candidatos a prefeito de cidades da Grande Vitória filiados ao PT participaram de debates realizados por A Gazeta e CBN Vitória.

Nenhum deles usou vermelho, a cor do partido.

Célia Tavares, João Coser, Roberto Carlos e Babá
Celia Tavares, João Coser, Roberto Carlos e Babá. Crédito: Fernando Madeira e Ricardo Medeiros

E MENEGUELLI, HEIN?

O deputado estadual e ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli (Republicanos) decidiu apoiar Renzo Vasconcelos (PSD) na disputa de 2024 na cidade. O anúncio surgiu nesta reta final da campanha.

No dia 4 de agosto, porém, Meneguelli estava inclinado a não endossar nenhum candidato. "Ninguém deve votar num candidato porque o Meneguelli, o Bolsonaro ou o Casagrande indicaram e sim porque acha que é o melhor para a cidade", afirmou o deputado à coluna, na ocasião.

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