Este é um espaço para falar de Política: notícias, opiniões, bastidores, principalmente do que ocorre no Espírito Santo. A colunista ingressou na Rede Gazeta em 2006, atuou na Rádio CBN Vitória/Gazeta Online e migrou para a editoria de Política de A Gazeta em 2012, em que trabalhou como repórter e editora-adjunta

Curtas políticas: Os vices que disputaram vaga de vereador perderam na Grande Vitória

Veja também: o papel reservado à vice eleita com Pazolini em Vitória; o cargo que Ferraço já definiu para seu "braço direito" em Cachoeiro; e o anúncio da decisão de Audifax na Serra

Vitória
Publicado em 10/10/2024 às 03h00
Capitã Estéfane e Thiago Carreiro
Capitã Estéfane (Podemos) e Thiago Carreiro (União Brasil). Crédito: Divulgação

Atual vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane chegou a se lançar como pré-candidata a prefeita da Capital pelo Podemos, mas desistiu e disputou uma vaga na Câmara Municipal em 2024.

Ela e o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) romperam politicamente pouco depois de serem eleitos em 2020.

A capitã, inclusive, foi coprotagonista de um episódio muito lembrado pelos críticos de Pazolini na campanha deste ano. Em 2022, ele tirou o microfone das mãos da vice para impedi-la de discursar em um evento público.

Apesar da visibilidade, Estéfane não foi eleita vereadora. Recebeu 1.292 votos. A eleição de um vereador, ou vereadora, não depende apenas do resultado individual da candidatura e sim do desempenho da chapa formada por colegas de partido. 

O Podemos elegeu um vereador na Capital, Baiano do Salão, com 2.171 votos.

Esta foi a segunda derrota consecutiva da Capitã Estéfane. Em 2022, ela disputou uma vaga de deputada federal, então filiada ao Patriota, também sem o apoio de Pazolini.

Recebeu apenas 10.075 votos. O deputado federal eleito naquele ano com menos votos foi Messias Donato (Republicanos), escolhido por 42.640 eleitores.

Estéfane passou à reserva da Polícia Militar quando foi eleita em 2020 e não pode mais voltar à ativa. 

VICE DA SERRA TAMBÉM PERDEU

O atual vice-prefeito da Serra, Thiago Carreiro (União), foi outro que tentou uma vaga de vereador em 2024. Ele também é rompido com o prefeito da cidade, Sérgio Vidigal (PDT).

E também foi derrotado. Carreiro recebeu tímidos 979 votos e ficou fora da Câmara.

Wellington Alemão (Rede) foi o vereador eleito com menos votos na Serra, 2.194.

Em 2022, Thiago Carreiro disputou uma vaga de deputado federal e o resultado, mais uma vez, ficou muito aquém do necessário. Ele recebeu 13.017 votos, na ocasião.

OPERAÇÃO DA PF

No início de agosto, quando já era candidato a vereador, o vice-prefeito foi alvo de uma operação da Polícia Federal que apura desvio de dinheiro do Fundo Eleitoral na eleição de 2022. 

Na ocasião, Carreiro se disse vítima de perseguição política e afirmou que a "velha política" estava "desesperada".

VICE DE CARIACICA

A atual vice-prefeita de Cariacica, Enfermeira Edna, não disputou nenhum cargo em 2024. 

Nas redes sociais de Edna, é possível ver que ela apoiou o candidato a vereador Dr. Fernando Santorio (PP), que foi o mais votado entre os eleitos para a Câmara da cidade, escolhido por 5360 eleitores.

EM VILA VELHA...

Vila Velha não tem vice-prefeito. O vice eleito com Arnaldinho Borgo  (Podemos) em 2020, Dr. Victor Linhalis (Podemos), virou deputado federal após o pleito de 2022. 

Linhalis é o presidente municipal do Podemos e, indiretamente, foi vencedor com a reeleição do prefeito, que alcançou 79% dos votos.

O vice de Arnaldinho a partir de 2025 vai ser Cael Linhalis (PSB), pai de Dr. Victor.

O PAPEL DE CRIS SAMORINI

Cris Samorini será vice na chapa do prefeito Lorenzo Pazolini em Vitória, nas eleições 2024
Cris Samorini será vice na chapa do prefeito Lorenzo Pazolini em Vitória, nas eleições 2024. Crédito: Divulgação

Aliás, se o prefeito disputar o governo do estado em 2026, ele vai ter que renunciar ao comando do Executivo municipal e, neste caso, Cris é quem vai herdar a cadeira.

A coluna perguntou ao prefeito, logo após a apuração do resultado das urnas, no domingo (7), se a vice pode acumular alguma secretaria na prefeitura a partir do ano que vem.

"Ela tem condições de exercer qualquer cargo na gestão. Vamos conversar e onde ela se sentir bem, certamente, será acolhida", afirmou Pazolini.

"Se for da vontade dela, poderá estar conosco como, além de vice-prefeita, ocupando outro cargo na gestão", completou.

EM CACHOEIRO, O GERENTE-GERAL

Enquanto isso, em Cachoeiro de Itapemirim, o prefeito eleito Theodorico Ferraço (PP) já tem planos bem definidos para o vice, Júnior Corrêa (PP).

"O Juninho vai nos ajudar muito, vamos unir a experiência com a mocidade. Ele vai ser gerente-geral, (cargo) que a gente vai criar imediatamente. O vice tem que estar preparado porque ele pode ter que assumir em alguma situação", afirmou Ferraço.

"Ele vai ser meu braço direito", avisou.

O prefeito eleito de Cachoeiro tem 86 anos, foi o candidato mais idoso eleito em todo o Espírito Santo.

Júnior Corrêa, conhecido como Juninho da Cofril, é vereador e vai ter 28 anos em janeiro do ano que vem, quando tomar posse como vice-prefeito.

QUE RUFEM OS TAMBORES

O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (PP) vai anunciar nesta quinta-feira (10) como vai se posicionar no segundo turno da eleição na cidade.

Audifax, que foi prefeito por três mandatos e liderou a corrida desde o início, perdeu fôlego na reta final e viu o crescimento dos principais adversários, Weverson Meireles (PDT) e Pablo Muribeca (Republicanos).

Agora, tem que decidir se apoia o candidato do PDT, o do Republicanos ou se fica neutro na disputa. 

O ex-prefeito foi o terceiro mais votado e os 58.643 eleitores que o escolheram vão ser decisivos no segundo turno.

Weverson é apoiado pelo prefeito Sérgio Vidigal, arquirrival de Audifax. Já Muribeca foi pintado pelo próprio Audifax na campanha como um risco, uma ameaça para a Serra.

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