Os casagrandistas do PP e os estrategistas da campanha à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB) podem respirar aliviados.
A direção nacional do Progressistas não vai barrar a coligação do partido com o PSB e demais aliados, entre eles o PT, apesar da vedação a alianças com petistas em todo o país.
A assessoria de imprensa do PP nacional confirmou à coluna, na manhã desta quarta-feira (3), que a proibição só vale “para apoio do Progressistas ao Partido dos Trabalhadores na eleicão majoritária”, como o deputado federal Da Vitória (PP) já havia informado.
Isso quer dizer que o PP só não pode fazer coligação com um candidato do PT a governador, a vice-governador ou ao Senado.
Na chapa de Casagrande, os petistas não ocupam nenhum desses espaços. Logo, a aliança está liberada.
O tempo de TV do partido é relevante para a coligação. E, historicamente, é natural que o PP fique com o governador.
O presidente estadual da legenda, Marcus Vicente, até poucos meses atrás integrava o primeiro escalão do governo socialista.
Apesar de, nacionalmente, o partido estar na base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) — daí a proibição de parcerias majoritárias com o PT do ex-presidente Lula — no estado há anos a sigla permanece alinhada a Casagrande.
O único ponto fora da curva é o deputado federal Evair de Melo (PP), um dos vice-líderes de Bolsonaro na Câmara. Ele apoia o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD) ao Palácio Anchieta.
O PP, que integra o Centrão, bloco de partidos fisiológicos sem amarras ideológicas, normalmente dá total liberdade para as alianças feitas nos estados. A decisão de proibir coligações majoritárias com o PT até rompe uma tradição da legenda.
O mais curioso é que, apesar de bolsonarista, e de ainda promover essa quebra de paradigma, no Piauí, terra do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é presidente nacional licenciado do Progressistas, o PP quer impedir a associação de candidatos do partido a Bolsonaro.
O diretório estadual da legenda lá acionou a Justiça Eleitoral para barrar materiais de campanha, inclusive cards divulgados no WhatsApp, que contenham a foto do presidente da República ao lado dos candidatos da sigla. O argumento é que Bolsonaro “possui altíssimo índice de rejeição em pesquisas mais recentes”. O pedido foi negado.
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