Este é um espaço para falar de Política: notícias, opiniões, bastidores, principalmente do que ocorre no Espírito Santo. A colunista ingressou na Rede Gazeta em 2006, atuou na Rádio CBN Vitória/Gazeta Online e migrou para a editoria de Política de A Gazeta em 2012, em que trabalhou como repórter e editora-adjunta

É oficial: PP fica na coligação de Casagrande no ES

Direção nacional do partido confirmou à coluna que a aliança encabeçada pelo socialista escapa do veto ao PT

Vitória
Publicado em 03/08/2022 às 11h56
Convenção do PP aprovou apoio à candidatura de Casagrande (PSB). Na foto, Da Vitória (PP) e Marcus Vicente (PP)
Convenção do PP aprovou apoio à candidatura de Casagrande (PSB). Na foto, Da Vitória (PP) e Marcus Vicente (PP). Crédito: Divulgação/PP

Os casagrandistas do PP e os estrategistas da campanha à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB) podem respirar aliviados.

A direção nacional do Progressistas não vai barrar a coligação do partido com o PSB e demais aliados, entre eles o PT, apesar da vedação a alianças com petistas em todo o país.

A assessoria de imprensa do PP nacional confirmou à coluna, na manhã desta quarta-feira (3), que a proibição só vale “para apoio do Progressistas ao Partido dos Trabalhadores na eleicão majoritária”, como o deputado federal Da Vitória (PP) já havia informado.

Isso quer dizer que o PP só não pode fazer coligação com um candidato do PT a governador, a vice-governador ou ao Senado.

Na chapa de Casagrande, os petistas não ocupam nenhum desses espaços. Logo, a aliança está liberada.

O tempo de TV do partido é relevante para a coligação. E, historicamente, é natural que o PP fique com o governador.

O presidente estadual da legenda, Marcus Vicente, até poucos meses atrás integrava o primeiro escalão do governo socialista.

Apesar de, nacionalmente, o partido estar na base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) — daí a proibição de parcerias majoritárias com o PT do ex-presidente Lula — no estado há anos a sigla permanece alinhada a Casagrande.

O único ponto fora da curva é o deputado federal Evair de Melo (PP), um dos vice-líderes de Bolsonaro na Câmara. Ele apoia o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD) ao Palácio Anchieta.

O PP, que integra o Centrão, bloco de partidos fisiológicos sem amarras ideológicas, normalmente dá total liberdade para as alianças feitas nos estados. A decisão de proibir coligações majoritárias com o PT até rompe uma tradição da legenda.

O mais curioso é que, apesar de bolsonarista, e de ainda promover essa quebra de paradigma, no Piauí, terra do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é presidente nacional licenciado do Progressistas, o PP quer impedir a associação de candidatos do partido a Bolsonaro.

O diretório estadual da legenda lá acionou a Justiça Eleitoral para barrar materiais de campanha, inclusive cards divulgados no WhatsApp, que contenham a foto do presidente da República ao lado dos candidatos da sigla. O argumento é que Bolsonaro “possui altíssimo índice de rejeição em pesquisas mais recentes”. O pedido foi negado. 

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.