Considerando os votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), metodologia que se aproxima mais do resultado a ser divulgado pela Justiça Eleitoral, Audifax Barcelos (PP) e Weverson Meireles (PDT) estão tecnicamente empatados, no extremo da margem de erro, na corrida pela Prefeitura da Serra.
É o que mostra pesquisa Ipec divulgada neste sábado (5), véspera do primeiro turno. O ex-prefeito tem 37% e o pedetista, 29%. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. Isso quer dizer que Audifax tem entre 33% e 41% e Weverson, entre 25% e 33%.
Bem próximo dos dois, e empatado tecnicamente com Weverson, aparece o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos). Ainda de acordo com o recorte por votos válidos, ele tem 28% (entre 24% e 32%).
Em resumo, o Ipec mostra que vai haver segundo turno na Serra. Provavelmente, o mais votado vai ser Audifax, mas nem isso é garantido. Quanto a quem vai disputar a segunda etapa do pleito, essa é a nova pergunta de um milhão de dólares.
Até alguns meses atrás, a pergunta milionária era se o prefeito Sérgio Vidigal (PDT) iria ou não disputar a reeleição. A dúvida foi definitivamente sanada no início de agosto, quando Weverson foi confirmado candidato pelo PDT, com as bênçãos do prefeito.
Agora, o suspense paira sobre o pupilo de Vidigal e Muribeca.
Weverson, que disputa um cargo eletivo pela primeira vez, subiu 14 pontos percentuais no Ipec, ainda considerando os votos válidos, entre a pesquisa do dia dois de setembro e a deste sábado. Saiu de 15% para 29%.
Muribeca, no mesmo período, oscilou quatro pontos para baixo, de 32% para 28%. Mas como esses quatro pontos equivalem justamente à margem de erro, não é algo muito significativo.
Audifax diminuiu de tamanho, passou de 44% para 37%, ou seja, perdeu sete pontos.
Se olharmos os votos totais na pesquisa estimulada (contando brancos, nulos e indecisos), o cenário fica mais embolado ainda, com empate triplo entre Audifax, Weverson e Muribeca no primeiro lugar do pódio:
O crescimento de Weverson pode ser explicado não por mera sorte de principiante, mas pelo esforço que Vidigal e a máquina municipal fazem pelo jovem candidato. O prefeito foi quase onipresente na campanha do pupilo.
O governador Renato Casagrande (PSB) também reforça o time, assim como lideranças políticas da Serra, como o deputado estadual Alexandre Xambinho (Podemos) e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Bruno Lamas (PSB).
Além disso, Weverson tem adotado um tom mais agressivo contra os adversários ultimamente.
Muribeca manteve-se competitivo ao se apresentar como "o novo" e ao mimetizar o candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB).
Já Audifax conta com o recall de ter sido prefeito da Serra por quatro mandato. Basicamente, ele alerta os eleitores sobre o risco de entregar o comando da cidade a pessoas com pouca experiência.
Somente neste domingo (6) vamos saber qual desses fatores vai pesar mais.
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