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Nelson Junior está de olho nos órfãos de Meneguelli e Ramalho

Pastor é candidato ao Senado pelo Avante, com apoio de Audifax Barcelos (Rede). O ex-prefeito de Colatina e o ex-secretário de Segurança Pública foram impedidos de disputar

Vitória
Publicado em 13/08/2022 às 20h30
Tenente Andresa, Audifax Barcelos e Nelson Junior em coletiva de imprensa na sede do Solidariedade, em Vila Velha
Tenente Andresa, Audifax Barcelos e Nelson Junior em coletiva de imprensa na sede do Solidariedade, em Vila Velha. Crédito: Divulgação/Rede

O pastor Nelson Junior (Avante) é candidato ao Senado pelo Espírito Santo e vai sozinho, sem coligação, para a disputa, já que o Avante está coligado com a federação formada por Rede e Psol na corrida pelo governo do estado, em apoio ao ex-prefeito Audifax Barcelos (Rede). O Psol já tem um nome para o Senado, Gilberto Campos.

Com nove segundos no horário eleitoral gratuito, ele aposta em caminhadas nas ruas ao lado de Audifax e na popularidade nas redes sociais para conquistar votos.

O presidente estadual do Avante, Marcel Carone, aponta ainda outra estratégia. "Os eleitores de Meneguelli e Ramalho se sentiram frustrados. A candidatura do Nelson superou todas as dificuldades. Gostaria que sua candidatura representasse esses eleitores que ficaram órfãos".

O ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli (Republicanos) e o ex-secretário de Segurança Pública coronel Alexandre Ramalho (Podemos) foram rifados pelos próprios partidos e impedidos de concorrer ao Senado.

Os dois tinham potencial para receber votos de eleitores conservadores, que poderiam se voltar ao ex-senador Magno Malta.

Nelson Junior, assim, quer ser a alternativa aos que foram retirados da disputa. Ele é pastor, criador do movimento Eu escolhi esperar. Logo, também conservador.

Outro, entretanto, também está no páreo, o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos). Após uma reviravolta, Erick foi apresentado como substituto de Meneguelli nas urnas.

Ele também flerta com o eleitorado evangélico e conservador. Sempre posta fotos e vídeos mostrando orações realizadas na Assembleia com servidores e líderes religiosos, busca o apoio de pastores, até de fora do Espírito Santo, e quer ser apresentar como "o novo". Tem 35 anos, a idade mínima para almejar o cargo de senador.

Nelson Junior tem 46 e vive sua primeira incursão na política partidária. "O Nelson significa renovação", afirmou Audifax, candidato ao governo do estado e apoiador do pastor.

"ABSURDO TER QUE SE FILIAR A UM PARTIDO"

Nelson Junior revelou-se um defensor das candidaturas avulsas, mas ele não se referia ao lançamento de nomes com apoio de apenas um partido, como é o caso dele.

Trata-se da possibilidade de ser candidato sem precisar se filiar a partido algum, o que é proibido hoje no Brasil.

"É um absurdo a pessoa, para ser candidata, ter que se filiar a um partido. O candidato, muitas vezes, fica refém dos partidos", criticou.

PAUTA DE COSTUMES

Questionado sobre quais seriam suas prioridades, caso eleito, como legislador e fiscal do Executivo federal, Nelson Junior respondeu o seguinte:

"Vou estar ali como cristão, mas o tripé é educação, saúde e segurança. A pauta anticorrupção está esquecida nesta eleição, mas é um anseio da sociedade e também destravar a economia (...) Vamos defender pautas de costumes, mas vamos ampliar isso".

SUPLENTES

Cada candidato ao Senado tem que ter dois suplentes. No caso de Nelson Junior, obrigatoriamente, eles devem ser filiados ao Avante.

O primeiro suplente é Marcel Carone, presidente estadual do Avante. O segundo, Romeu Rocha.

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