Adversário do governador Renato Casagrande (PSB) na disputa pelo Palácio Anchieta, o ex-deputado federal Carlos Manato (PL) já montou equipe de transição e até anunciou alguns nomes que devem compor seu secretariado, caso eleito. O empresário Aridelmo Teixeira (Novo), que foi candidato ao governo e teve 0,7% dos votos, por exemplo, comandaria a Secretaria da Fazenda.
A coluna questionou Casagrande sobre eventuais componentes do primeiro escalão a partir de 2023. O socialista prefere não adiantar nomes, considera que seria arrogância fazer isso antes do resultado das urnas.
O vice na chapa, o ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB), no entanto, já apareceu no horário eleitoral dizendo que vai coordenar a área da agricultura em um eventual novo mandato.
Já em evento com empresários, o tucano afirmou que ainda atuaria no desenvolvimento econômico e para promover "um choque" no setor de Meio Ambiente.
"Ele pode até acumular (alguma secretaria). Isso não está decidido. Como eu quero, no próximo governo, buscar pessoas que possam me ajudar a coordenar áreas e essa área do desenvolvimento está se comunicando permanentemente, o Ricardo fará, a meu pedido, a coordenação dessas áreas. Envolve saúde, envolve educação. Ele vai me ajudar num acompanhamento mais de perto, mas poderá ser secretário ou não", detalhou Casagrande.
"Mas fora essa questão do vice-governador eu prefiro tratar desse assunto depois da eleição. Acho que é muita arrogância a gente tratar de temas antes do processo se definir. Vamos ganhar a eleição e, ganhando, a gente trata disso", complementou, ao ser questionado sobre outros possíveis nomes para o secretariado.
Ricardo foi secretário estadual de Agricultura no governo Paulo Hartung (então filiado ao MDB) de quem também já foi vice, mas nos últimos anos aproximou-se de Casagrande.
Aridelmo, por sua vez, é aliado de Hartung, atuou no programa Escola Viva e quase foi secretário de Educação do ex-governador. Outros hartunguistas também estão no palanque de Manato.
ESTRATÉGIA
Como a coluna observou, o vice ficou praticamente desaparecido na campanha de Casagrande do primeiro turno. No segundo, ganhou protagonismo.
Além de ter participado do horário eleitoral, o tucano tem acompanhado o governador em agendas públicas, como no que teve empresários na plateia.
De postura de centro-direita, lá, ele deixou claro:
Ricardo Ferraço (PSDB)
Candidato a vice-governador
"Minha ideologia é o resultado"
O tucano é uma das armas de Casagrande não apenas para reforçar os laços com o empresariado, mas para atrair a centro-direita. Inclusive os que pretendem votar no presidente Jair Bolsonaro (PL).
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