Este é um espaço para falar de Política: notícias, opiniões, bastidores, principalmente do que ocorre no Espírito Santo. A colunista ingressou na Rede Gazeta em 2006, atuou na Rádio CBN Vitória/Gazeta Online e migrou para a editoria de Política de A Gazeta em 2012, em que trabalhou como repórter e editora-adjunta

O que explica a rejeição a Coser e a Luiz Paulo em Vitória

Pesquisa Quaest mostrou que os dois são os mais rejeitados pelos eleitores. Coser credita o problema à "questão partidária". O tucano, por sua vez, afirmou que, para algumas pessoas, ele faz parte do passado

Vitória
Publicado em 04/09/2024 às 15h27
Os ex-prefeitos de Vitória João Coser e Luiz Paulo Vellozo Lucas
Os ex-prefeitos de Vitória João Coser e Luiz Paulo Vellozo Lucas. Crédito: Ricardo Medeiros

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), não é nenhum fenômeno eleitoral, ao menos por enquanto, mas tem chances de ser reeleito em primeiro turno em 2024. Aparece com 51% das intenções de voto em pesquisa Quaest realizada a pedido da TV Gazeta divulgada no último dia 28. Em segundo e terceiro lugar estão, respectivamente, João Coser (PT), com 17%, e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), com 8%. O tucano está tecnicamente empatado com Camila Valadão (PSOL), que tem 7%.

Coser e Luiz Paulo são os mais rejeitados pelos eleitores. Entre os entrevistados pela Quaest, 42% dizem que não votariam no petista e 35% rechaçam o tucano. Mas por quê?

A pesquisa é quantitativa e não qualitativa, ou seja, não entrega uma resposta tão detalhada. Mas os próprios Coser e Luiz Paulo têm suas teorias, com as quais tendo a concordar.

Coser, em entrevista concedida a A Gazeta e CBN Vitória, na terça-feira (3), creditou a rejeição ao fato de ser filiado ao Partido dos Trabalhadores e não a uma antipatia pessoal do eleitorado. Creio que o antipetismo, realmente, tem um peso forte nesse resultado. 

João Coser (PT)

Candidato a prefeito de Vitória

"Quem rejeita, 95% é por questão partidária, uma rejeição ao PT construída no Brasil pelo governo passado (Bolsonaro)"

Mas não podemos esquecer que o atual deputado estadual foi prefeito de Vitória por dois mandatos (2005-2013). Quem lembra da gestão dele pode ter memórias positivas ou negativas, o que influencia no humor em relação à candidatura em 2024. 

A rejeição a Luiz Paulo pode ser por isso também. O próprio candidato do PSDB, na sabatina realizada por A Gazeta e CBN Vitória nesta quarta-feira (4), admitiu isso, de forma talvez até super sincera.

Bem, quando questionado por esta colunista sobre o motivo da rejeição, primeiro, o tucano afirmou que a pergunta deveria ser dirigida aos eleitores, mas eu gostaria de saber a avaliação do próprio tucano mesmo.

"Eu atribuo uma certa propensão à novidade. Então, como eu já fui prefeito (...) Mas é um chute, não tenho certeza. Minha percepção, no contato com os eleitores, não indica rejeição nenhuma, pelo contrário, tenho sido muito bem recebido. Mas tem 20 anos que eu saí da prefeitura", afirmou Luiz Paulo, na sabatina. 

Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)

Candidato a prefeito de Vitória

"Teve gente que me perguntou se eu não tinha morrido. Parece que eu faço parte de um passado e tal, embora me sinta absolutamente atualizado e pronto para enfrentar os desafios de governar Vitória"

O terceiro mais rejeitado é Capitão Assumção (PL), com 30%. Ao todo, há seis candidatos a prefeito de Vitória.

A corrida na Capital está mais acirrada do que, por exemplo, em Vila Velha e Cariacica, onde os prefeitos Arnaldinho Borgo (Podemos) e Euclério Sampaio (MDB) lideram com, respectivamente, 75% e 65% das intenções de voto, de acordo com o Ipec.

Para levar a eleição para o segundo turno em Vitória, os adversários de Pazolini precisam, entre outros desafios, vencer os percentuais de rejeição e conquistar eleitores indecisos e/ou tirar pontos do atual prefeito.

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