O PT decidiu apoiar oficialmente a reeleição de Rose de Freitas (MDB) ao Senado. Tenta emplacar o primeiro suplente dela, mas nem integrantes da cúpula petista botam muita fé nessa hipótese. Até porque o apoio à emedebista não foi condicionado à suplência.
O principal, de acordo com integrantes do PT ouvidos pela coluna, é que Rose seja um palanque simpático ao ex-presidente Lula, uma vez que elegê-lo à Presidência da República é a prioridade da legenda.
O endosso a Rose foi chancelado pela direção nacional do PT na quarta-feira (27) e comunicado ao diretório estadual nesta quinta (28).
Ela esteve, recentemente, em reunião com o próprio Lula e apoiadores do ex-presidente que integram o MDB. O partido, mesmo assim, confirmou a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Palácio do Planalto.
E, de novo, mesmo assim, o PT espera apoio de Rose ao ex-presidente. Não haveria muita dificuldade prática quanto a isso.
A senadora do Espírito Santo já sinalizou positivamente para Lula. Além do encontro, em São Paulo, com ele, disse à coluna que pediria votos para o ex-presidente se essa fosse a decisão do MDB.
Antes disso, ao lado de Tebet, quando a senadora do Mato Grosso do Sul esteve em Vitória, Rose declarou não ter nenhuma objeção à chegada do PT ao arco de alianças do governador Renato Casagrande (PSB), do qual o MDB faz parte.
Como está com Casagrande, que também vai apoiar Rose, embora isso não tenha sido divulgado oficialmente, a única possibilidade para o PT disputar o Senado seria uma candidatura avulsa.
Isso, no entanto, já foi descartado, o que desagradou a ex-secretária de Educação de Cariacica Célia Tavares, até então uma das pré-candidatas do PT ao Senado.
Em "carta ao povo capixaba", ela considerou a decisão "equivocada". O outro pré-candidato do partido ao Senado era o ex-reitor da Ufes Reinaldo Centoducatte.
O FATOR LULA
O que levou o PT a subir no palanque do governador e retirar a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao Palácio Anchieta não foi a oferta de espaço para disputar mais uma cadeira de senador e tampouco ser vice na chapa do socialista – vaga que coube ao tucano Ricardo Ferraço – e sim o acordo nacional que une petistas e socialistas.
Pesou também o fato de Casagrande declarar voto em Lula e anunciar que vai fazer campanha apenas para ele, embora partidos aliados tenham outros pré-candidatos à Presidência da República.
O PT também conseguiu negociar participação no futuro governo, comandando alguma secretaria, se, é claro, o atual chefe do Executivo estadual for reeleito.
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