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Para o PT, Rose de Freitas já é Lula lá

Esse foi o fator primordial para o partido, e a federação formada ainda por PV e PCdoB, ter decidido apoiar a reeleição da senadora emedebista no ES

Vitória
Publicado em 05/08/2022 às 06h00
Ex-prefeito de Cachoeiro Roberto Valadão, senadora Rose de Freitas e senadora Simone Tebet durante evento em Vitória
Ex-prefeito de Cachoeiro Roberto Valadão, senadora Rose de Freitas e senadora Simone Tebet durante evento em Vitória. Crédito: Ricardo Medeiros

Como a coluna mostrou, o fator determinante para o apoio do PT à reeleição da senadora Rose de Freitas (MDB) foi a garantia de que ela seria um palanque simpático ao ex-presidente Lula (PT) no Espírito Santo.

Nesta quinta-feira (4), a presidente estadual dos petistas, Jackeline Rocha, confirmou a apuração e foi além: Rose já declarou apoio a Lula, diante do próprio ex-presidente, quando esteve com ele em São Paulo, no mês passado.

A própria Rose não disse, em público, que endossa Lula na corrida pelo Palácio do Planalto. Ela chegou a afirmar à coluna que apoiaria o petista se essa fosse a determinação do MDB. O partido, no entanto, homologou a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

"Ela (Rose) é uma apoiadora dele desde que foi ao jantar (com Lula e dissidentes do MDB em São Paulo)", afirmou a presidente estadual do PT.

"Não nos cabe fazer patrulha ideológica. Ela fez compromisso com o próprio Lula. Isso foi determinante para o apoio da federação a ela", destacou Rocha.

Dessa forma, a possível indicação de um suplente para Rose não é tratada como exigência.

O presidente estadual do PCdoB, Neto Barros, afirmou, em discurso na convenção da federação formada por PT, PCdoB e PV, que Rose é a única representante do campo democrático na corrida pelo Senado no estado.

Na convenção do PSB, no último dia 31, a própria Rose ressaltou, sem citar nomes, que há riscos à democracia no país e se alinhou ao governador Renato Casagrande (PSB) e a Ricardo Ferraço (PSDB), o vice na chapa do socialista, como resistência "ao atraso".

O principal adversário da senadora na disputa é o ex-senador Magno Malta, aliado e correligionário do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Como está com Casagrande, que se posta ao lado de Rose, a única forma de o PT lançar um nome ao Senado seria de forma avulsa, isolado, e sem coligar com o PSB e demais partidos aliados na corrida pelo Palácio Anchieta.

O partido decidiu não fazer isso. Até porque aí não somaria tempo de propaganda de TV para Casagrande, enfraquecendo o palanque eletrônico.

A direção nacional do PT e da federação optou por fechar com Rose de Freitas, considerando que ela já é Lula lá.

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