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Pazolini declara apoio à anistia aos acusados de tentativa de golpe do 8 de janeiro

Prefeito de Vitória pede "pacificação do Brasil". Proposta de perdão aos que atacaram as sedes dos Três Poderes tramita na Câmara dos Deputados

Lorenzo Pazolini, candidato à Prefeitura de Vitória nas Eleições 2024 durante debate na TV Gazeta
Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória, durante as eleições de 2024. Crédito: Vitor Jubini

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), declarou, neste sábado (5), apoio a uma “anistia humanitária”, “pela pacificação do Brasil”.


Em publicação feita no Instagram, o prefeito escreveu que “quando a desproporção das penas revela mais sobre a intenção do julgador do que sobre a gravidade do crime, é o próprio sistema jurídico que entra em julgamento”.

“Um crime de menor potencial ofensivo não pode receber punição maior do que crimes contra a vida e de corrupção.”

O texto não menciona diretamente os ataques às sedes dos Três Poderes, realizados no dia 8 de janeiro de 2023, e a acusação de tentativa de golpe de estado que pesa sob os autores desses ataques.

A imagem que ilustra o post, entretanto, não deixa dúvidas: o prefeito defende o perdão aos acusados que têm sido condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

O argumento de Pazolini é, basicamente, que as penas impostas têm sido muito duras — variam de três a 17 anos de prisão. Mas o pedido dele não é por punições mais brandas e sim por nenhuma punição.

Um projeto de anistia tramita na Câmara dos Deputados, onde, obviamente, o chefe do Executivo municipal de Vitória não tem direito a voto. Mas partidos como o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscam apoio popular à medida.

O Republicanos de Pazolini está dividido. A bancada tem 45 deputados e, desses, 14 assinaram o requerimento para que o projeto de perdão aos envolvidos no 8 de janeiro tramite em regime de urgência.

Para acelerar o andamento do proposta e, assim, fazer com que ela entre em pauta, são necessárias 257 assinaturas de deputados federais. Há apenas 165.

POSICIONAMENTO

Via de regra, o prefeito de Vitória, um político de centro-direita, não se posiciona publicamente em relação a temas polêmicos.

Na eleição de 2022, por exemplo, ele não apoiou nenhum dos candidatos à Presidência da República.

Agora, porém, Pazolini movimenta-se para disputar o governo do Espírito Santo. E faz movimentos mais ousados.

O prefeito tem se aproximado de políticos bolsonaristas, até nomeou dois deles como secretários municipais recentemente: a ex-deputada federal Soraya Manato (PP) e o ex-secretário estadual de Segurança Pública Coronel Ramalho (ex-PL).

Eles comandam, respectivamente, as pastas de Assistência Social e Meio Ambiente em Vitória.

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