Reeleito em outubro, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), tomou posse no novo mandato nesta quarta-feira (1º). Ao ser questionado pela coluna sobre os primeiros atos administrativos a serem adotados, Pazolini citou corte de despesas, mas sem especificar um percentual em relação ao orçamento ou em quais áreas a tesoura vai passar. Mas antecipou que podem ocorrer exonerações de servidores, "pessoas que talvez não tenham o desempenho necessário".
"Seremos muito impactados pela reforma tributária, estamos fazendo um amplo estudo, uma prospecção pensando no futuro. Precisamos controlar muito as despesas. Controlar as despesas vai na contramão do que o Brasil tem feito agora. Nós temos muita responsabilidade fiscal e orçamentária, vamos buscar reduzir as nossas despesas para que de fato possamos produzir políticas públicas mais eficazes gastando menos", afirmou o prefeito, em entrevista coletiva.
"Nós vamos manter investimentos na assistência social, na saúde, na educação, em todas as políticas públicas fundamentais. O corte que nós fazemos é sempre na questão burocrática, para dentro, ou seja, reduzido despesas diárias que não impactam positivamente a vida das pessoas ou avaliando quadros, pessoas que talvez não tenham o desempenho necessário, não apresentam o resultado necessário para continuar nos próximos quatro anos. Claro que nós vamos agradecer a todos, mas talvez não continuem nos próximos quatro anos", complementou Pazolini.
Servidores comissionados são de livre nomeação e exoneração. Há ainda funções gratificadas exercidas por funcionários efetivos, mas o prefeito não citou quantos ou quais seriam dispensados.
Ele tampouco anunciou mudanças no primeiro escalão. O secretariado, por enquanto, continua igual ao do mandato passado. O prefeito revelou, entretanto, que convidou a vice-prefeita, Cris Samorini (PP), para chefiar uma pasta, "para ela escolher". Cris não deu resposta e disse não ter pressa para tal.
O presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, que é uma espécie de articulador informal do prefeito de Vitória, pode ser o titular da pasta de Governo. Pazolini também disse que convidou o correligionário, para essa ou outra função, "na posição que ele entender". Erick, de acordo com o prefeito, não foi à cerimônia de posse devido a um problema de saúde.
Também não está descartado que algum vereador torne-se secretário.
Eventuais mudanças no primeiro escalão devem ser anunciadas ainda este mês.
Não houve muitas novidades. O prefeito ressaltou que teve que adiar os planos devido à cirurgia a que se submeteu após contrair uma bactéria. Ele contou que ficou internado em um hospital por cinco dias e segue fazendo tratamento em casa. Pazolini está com uma mão enfaixada.
O prefeito, como já havia admitido durante a campanha eleitoral, não descarta disputar a eleição para o governo do Espírito Santo em 2026. "Desde o início, no período pré-eleitoral, eu disse 'olha, essa decisão vai ser tomada no tempo oportuno, no tempo do eventual registro de candidatura, lá na frente. Vamos continuar focados na gestão da cidade", reafirmou Pazolini, nesta quarta.
Se decidir disputar o Palácio Anchieta, ele vai ter que renunciar ao mandato de prefeito no início de abril de 2026. Nesse caso, Cris Samorini assumiria a gestão municipal até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2028. Na entrevista, Pazolini disse que Cris "está preparada para assumir qualquer cargo, até o de prefeito".
Já no discurso de posse, no plenário da Câmara Municipal, o prefeito afirmou que a vice "certamente está preparada para desafios maiores".
PROMESSA
Ainda ao discursar para os vereadores e demais pessoas que acompanharam a cerimônia de posse do prefeito e da vice-prefeita, Pazolini prometeu que Vitória "vai ser primeiro lugar". "Onde ainda não somos primeiro lugar, seremos primeiro lugar, em serviços públicos".
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