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Pazolini sanciona lei que derruba passaporte da vacina em Vitória

O prefeito da Capital,  no entanto, vetou trechos do projeto aprovado pela Câmara de Vitória

Vitória
Publicado em 09/03/2022 às 17h59
Prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, em entrevista à CBN Vitória
Prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini. Crédito: Patrícia Vallim / CBN Vitória

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), sancionou, nesta quarta-feira (9), lei aprovada pela Câmara de Vitória que proíbe a adoção do chamado passaporte da vacina na Capital. Trata-se do comprovante de vacinação que, por força de portaria estadual, deve ser exigido em ambientes como bares, restaurantes e academias. É uma medida para incentivar a vacinação e prevenir a Covid-19.

O artigo 1º da lei municipal "determina expressa vedação à exigibilidade de vacinação contra a COVID-19, bem como de sua respectiva comprovação, não podendo a esta ser condicionado o acesso aos locais públicos e estabelecimentos públicos ou particulares no âmbito do Município de Vitória, neste Estado".

E o artigo 2º ressalta que "o disposto nesta Lei abarca inclusive o direito dos pais e responsáveis de matricularem seus filhos regularmente em instituições de ensino, esporte e lazer públicas ou privadas sem que lhes seja exigida a comprovação da imunização do menor ou pessoa sob sua guarda/tutela".

Nem tudo passou pelo crivo do prefeito, no entanto. Parte do texto foi vetada, como o parágrafo que previa que quem fosse barrado em estabelecimentos por não ter o comprovante de vacinação poderia registrar reclamação na Prefeitura de Vitória.

Lei barra passaporte da vacina em Vitória
Lei que barra passaporte da vacina em Vitória foi publicada no diário oficial da Prefeitura de Vitória nesta quarta-feira (9). Crédito: Reprodução

A lei é de autoria do vereador Gilvan da Federal (Patriota), que é uma espécie de Jair Bolsonaro (PL) municipal, já que adota posturas bem parecidas com as do presidente da República. Bolsonaro é contra o passaporte vacinal.

O presidente da Câmara, Davi Esmael (PSD), aliado de Pazolini, comemorou: "O projeto foi aprovado pelos vereadores e acreditamos que é mais um importante passo para a retomada das atividades de forma normal". Nas sessões da Casa, a maioria dos parlamentares não usa máscara, outra medida que serve para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

O projeto foi aprovado na Câmara com 9 votos a favor e quatro contrários. A lei recém-sancionada pode ser contestada na Justiça.

No parecer que embasou a sanção da norma, o procurador-geral do município de Vitória, Tarek Moussallem, concluiu que o cenário epidemiológico da COVID-19 no Município de Vitória vem apresentando melhoras sucessivas, com diminuição da taxa de incidência de casos graves e óbitos, redução da positividade dos exames, redução da demanda por leitos de internação, a elevada cobertura vacinal contra COVID-19 em Vitória, assim como o avanço da vacinação para todas as faixas etárias, isto é, demonstrando a desnecessidade da apresentação do 'passaporte vacinal'".

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