O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi confirmado como candidato à reeleição em convenção partidária realizada nesta sexta-feira (2). Até então, ele se recusava a falar, em discursos e entrevistas, como postulante a mais um mandato, embora estivesse bastante engajado na pré-campanha.
O prefeito foi questionado, em coletiva concedida à imprensa logo após a convenção municipal do Republicanos, se, caso reeleito em 2024, estaria disposto a deixar o mandato pela metade, em 2026, para disputar outro cargo, como o de governador do Espírito Santo.
É importante que o eleitor saiba, desde já, se, ao votar no prefeito este ano, vai contar com ele como chefe do Executivo municipal até 31 de dezembro de 2028 ou se, daqui a dois anos e meio, o comando da prefeitura vai ser deixado a cargo do vice-prefeito (aliás, o vice na chapa ainda não foi definido).
Pazolini não descartou a possibilidade de concorrer em 2026, mas, ao mesmo tempo, desconversou: "Nós não temos sequer domínio sobre o amanhã, né? Nós não sabemos o que vai acontecer amanhã, então nós estamos focados no hoje".
"Estamos preparando a nossa campanha, vamos registrar a ata necessária (da convenção) e todas as formalidades legais. Para, de fato, apresentar à nossa cidade de um plano de governo robusto de melhorias", complementou.
O posicionamento é diferente do adotado pelo prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), também candidato à reeleição. Ele prometeu que, se reconduzido ao cargo, não vai renunciar ao mandato para concorrer em 2026.
Pazolini, se sair com força e capital político relevante das urnas em 2024, é considerado, nos bastidores, até fora do Republicanos, um virtual candidato ao Palácio Anchieta no próximo pleito.
Alguns aliados dele, entretanto, ponderam que o prefeito preferiria seguir a carreira política no Congresso Nacional, após cumprir a etapa na gestão municipal. A ver.
SUSPENSE SOBRE VICE
De qualquer forma, a definição sobre quem vai ser o vice, ou a vice, na chapa de Pazolini ganha ainda mais relevância. O Progressistas indicou três nomes: o presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet, a empresária Cris Samorini e o presidente municipal do partido, Marcos Delmaestro.
O ex-secretário municipal de Governo Aridelmo Teixeira (Novo), entretanto, é considerado, nos bastidores, "o vice dos sonhos" do prefeito.
O problema é que o PP, na prática, somaria mais à campanha. Na hipótese de Samorini ser a escolhida, por exemplo, a verba do Fundo Eleitoral destinada a candidaturas femininas seria utilizada.
Os quatro "candidatos" a formar dupla com Pazolini estiveram presentes na convenção do Republicanos de Vitória. Mas o martelo não foi batido.
Isso deve ocorrer até o dia 15 de agosto, de acordo com o próprio Pazolini. É o limite do prazo para registro de candidaturas na Justiça Eleitoral.
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