A permanência do presidente do Avante no Espírito Santo, Marcel Carone, como assessor especial da Casa Civil do governo Renato Casagrande (PSB) durou apenas dois meses.
Nesta segunda-feira (20), o diário oficial registrou a exoneração dele que, de acordo com a pasta, ocorreu a pedido do próprio Carone.
O presidente do Avante quer turbinar a campanha do pré-candidato ao Senado pelo partido, o pastor e influencer Nelson Junior.
"Tenho grande respeito, carinho e admiração pelo governador Renato Casagrande, mas, como líder partidário, temos um pré-candidato a senador, o Nelson Junior, que é totalmente viável e competitivo", afirmou Marcel Carone à coluna nesta segunda.
Diversos aliados de Casagrande querem a bênção do socialista para a disputa ao Senado: a senadora Rose de Freitas (MDB), o deputado federal Da Vitória (PP), o ex-secretário de Segurança Pública coronel Alexandre Ramalho (Podemos) e ainda tem o PSDB, que, para firmar uma aliança, quer uma vaga na chapa majoritária (candidato ao Senado ou a vice-governador).
O caminho já está congestionado e os demais partidos têm mais musculatura que o Avante.
Assim, Nelson Junior tem buscado outro palanque, outro pré-candidato ao governo do estado que tope uma parceria.
"Nelson Junior recebeu convite de praticamente todos os pré-candidatos a governador, que se colocaram antes do dia 2 de abril, para ser seu pré-candidato ao Senado", diz Carone.
Como a coluna mostrou, o pré-candidato esteve na festa de aniversário do deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) e foi mencionado publicamente pelo presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), durante uma sessão solene. Rigoni e Erick são pré-candidatos ao Palácio Anchieta.
Nelson Junior é o idealizador da campanha "Eu escolhi esperar", que propõe a abstinência sexual aos jovens, ao menos até o casamento. "Nelson Junior pode atrair o eleitorado Cristão e conservador de forma imediata, a partir do momento que tomem ciência que ele é pré-candidato a senador", avalia o presidente estadual do Avante.
Como assessor especial na Casa Civil, Carone recebia R$ 14.401,66 brutos. Ficar no posto e costurar alianças com adversários do socialista, no entanto, seria uma contradição. Aliás, o próprio governo poderia perceber isso. Cargos comissionados são de livre nomeação e exoneração.
LEIA MAIS
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.